Foto de Andy Sedg (CC by-nc-nd/2.0/)
A esquerda diversificou-se e a luta obreira faz parte de muitas outras lutas anti-capitalistas que também são vanguarda - ou se alternam na vanguarda da luta: o decrescimento e anti-consumismo, feminismos, anti-patriarcado, direitos dos povos, valorização das culturas não européias e o seu legado à cultura humana.
O marxismo deu muito ao pensamento alternativo ao capitalismo, e não temos que renunciar a isso, tal como às experiências libertárias e anarquistas. Também muitas delas, quando se baseiam numa leitura não critica dos clássicos do anarquismo de há um século, unem-se ao comunismo partidista no que chamaria a esquerda conservadora.
Penso, sim, que existe uma esquerda (esquerdas) atual, e a caracterizaria por ser sempre crítica com qualquer forma de dominação do ser humano pelo ser humano, e em grandes linhas ser anti-capitalista, anti-patriarcal, e anti-imperialista. Existe em variedade de partidos e movimentos, sem poder ser já monopolizada por um partido só, numa visão mais orgânica e auto-organizada da/das sociedades.