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capCorreio da Cidadania - [Gilvan Rocha] Quando o capitalismo entrou na sua fase imperialista, produziu duas situações. A primeira delas foi o fato de serem criadas as condições objetivas para a viabilização do projeto de construção do socialismo. A segunda conseqüência foi que o capitalismo iniciou o seu processo de exaustão.


A primeira grande crise do capitalismo imperialista expressou-se com a Grande Guerra, em 1914. Presumia-se que, naquela ocasião, haveria de triunfar a revolução socialista, a partir da Europa Ocidental. Isso não ocorreu, o socialismo foi derrotado e a esperada revolução socialista veio de ocorrer na atrasadíssima Rússia czarista, em 1917, o que redundou em sua estupenda derrota em escala mundial. As crises desse sistema sócio-econômico se sucederam. Diante delas havia a possibilidade de fazer avançar a proposta socialista, ou o aludido sistema se reinventaria.

Outra grande crise veio à tona por ocasião da guerra interimperialista, conhecida como a Segunda Grande Guerra. Mais uma vez, a causa socialista não teve força para aproveitar o momento e levar adiante o seu projeto. O que se viu nessa ocasião foi o fato de o já envelhecido sistema ter a oportunidade de se reinventar de forma gloriosa. Através do Plano Marshall, o capitalismo logrou reconstruir a Europa Ocidental arrasada pela guerra e, em seguida, levar a cabo sua política de construção dos chamados Estados de Bem Estar Social, como forma preventiva de se proteger contra movimentos de caráter comunista.

Em função desses sucessivos fatos, muitos intelectuais, sem o devido conhecimento das reais leis da História, afirmam que o capitalismo, diante de suas crises, tem a constante capacidade de se reinventar. Trata-se de uma confusão própria de quem não tem o sentido do finito e do infinito. O materialismo dialético, formulação teórica de Marx e Engels, afirma que de eterno só existe o movimento; tudo, portanto, está em processo de permanente mutação e nada é infinito. Assim sendo, haveremos de considerar que a capacidade de reinvenção do capitalismo não pode se dar infinitamente.

Essa ordem econômica e social, profundamente esgotada, não haverá de sobreviver pelo caminho de uma constante reinvenção. Essa capacidade de se reinventar é extremamente finita e isso nos leva ao seguinte dilema: ou prospera o projeto socialista, ou teremos, como decorrência da exaustão completa desse sistema, a tragédia total. É esse fato que os nossos "doutos" não enxergam. A verdade é que a capacidade de reinvenção tem suas horas contadas, e isso nos coloca diante da possibilidade de uma tragédia absoluta, caso o socialismo não tenha força política para promover a transformação social e garantir a sobrevivência da raça humana.

 

Gilvan Rocha é militante socialista e membro do Centro de Atividades e Estudos Políticos. Blog:www.gilvanrocha.blogspot.com


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