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Diário Liberdade: Pequeno balanço de quase 10 meses de atividade informativa anticapitalista

011210_dlDiário Liberdade - A resposta recebida por parte dos setores aos quais se dirigiu este projeto já ultrapassou aquilo de que a equipa do DL estava à espera.


No passado mês de fevereiro, foi lançado ao ar o portal Diário Liberdade, com o compromisso de servir de espaço ao serviço das e dos que luitam.

Sabíamos da dificuldade de assentar e fazer crescer um meio limitado a informar e dar espaço só ao movimento popular que assume a necessidade de luitar contra o atual sistema inimigo dos povos, o capitalismo.

Sabíamos também que a dificuldade era maior ao partir de um país, a Galiza, submetido a um grave conflito de identidade sobreposto à imposiçom ideológica e política da classe burguesa dominante. Com umha língua em recuo pola imposiçom do espanhol, com umha cultura minorizada polo esmagador financiamento público e privado da cultura de massas espanhola, acrescentada ao lixo decadente da cultura global imperante.

Porém, todo o anterior constituiu, além da principal ameaça para a subsistência de um projeto alternativo como o nosso, a principal motivaçom para trabalharmos com a máxima seriedade e compromisso até tornarmos realidade os objetivos marcados.

Orientaçom anticapitalista, projeçom lusófona e atividade participativa

Sem perdermos o sentido da realidade, aspiramos a transformá-la e, para isso, excluímos de maneira consciente e explícita os setores adscritos à chamada "esquerda do sistema". Sabemos que essa decisom limita o nosso público alvo e pode dificultar o crescimento na etapa inicial, mas nem as visitas nem a neutralidade som princípios absolutos. É mais importante orientarmos os nossos esforços à difusom das ideias e dos projetos verdadeiramente transformadores e revolucionários existentes nos nossos respetivos países, servindo-lhes de alto-falante permanente.

O reformismo conta já com meios económicos e com projeçom informativa e mediática própria, para além da que lhe cede a comunicaçom social do sistema. Nom necessita o nosso esforço militante, nem fai sentido que este seja dedicado a informar sobre o que fai quem nom passa de consciência crítica do capitalismo, aderindo no fundamental aos seus planos antipopulares num momento de crise profunda do sistema como o que vivemos.

Decidimos, portanto, de maneira consciente, ceder o espaço do DL à esquerda revolucionária e aos movimentos sociais que, mesmo sem assumirem posiçons anticapitalistas claras, gozam de umha nítida autonomia em relaçom às instituiçons e aos centros de poder do sistema.

Além do anterior, umha novidade do Diário Liberdade é a máxima abertura, afastada do sectarismo que costuma empapar os meios de comunicaçom partidistas, à difusom de atividades e ideias enquadradas nos parámetros que marcamos como o nosso campo de jogo. Tanto na Galiza, como no Brasil e em Portugal, essa abertura é umha novidade que nom deixou de surpreender as nossas e os nossos visitantes. Anarquistas, comunistas das diferentes famílias, independentistas, ecologistas, feministas, o movimento LGBT... qualquer atividade realizada a partir da margem esquerda e contra o sistema tem e continuará a ter um espaço no Diário Liberdade.

Outra exigência da nossa atividade passa, em relaçom à Galiza, pola orientaçom reintegracionista do projeto. A defesa da unidade lingüística e da orientaçom cultural galega em direçom a Portugal, Brasil e restantes países lusófonos fica para o DL fora de discussom. Já no nome do portal indicamos isso e a prática destes meses, bem como a origem das visitas, confirma essa vocaçom com resultados mais do que motivantes.

Em definitivo, sabíamos que enfrentávamos umha corrida de fundo e que demoraríamos a ver os primeiros frutos.

Primeiros frutos

No entanto, os frutos começárom a chegar logo e ninguém de nós estava à espera de que, em só 10 meses escassos, pudéssemos chegar aonde de facto já chegamos.

Nom fazemos do número de visitas um fim em si mesmo ou umha condiçom sine qua non para a nossa continuidade, mas tampouco desprezamos essa referência como indicador do acolhimento que poda estar a ter o trabalho do Diário Liberdade em cada momento.

A progressom do número de visitas tem sido importante, dentro dos números modestos em que ainda nom situamos. Assim, no momento de escrevermos estas linhas, situamo-nos numha média acima das 5.600 visitas diferentes por dia e, segundo a classificaçom mundial de sites disponibilizada polo serviço Alexa, o Diário Liberdade ocupa um lugar na casa dos 500.000 desse ranking.

Há outros indicadores da boa receçom que o nosso projeto está a ter: contamos com mais de 2.000 amigos e amigas no facebook e com mais de 675 seguidores e seguidoras no twitter. Som dados que ultrapassam os de alguns meios empresariais intimamente ligados ao sistema e fortemente subsidiados polas instituiçons em troca de lhes fazerem de propagandistas informativos.

As visitas som um dos sinais de que o DL está a conseguir um lugar no panorama informativo galego e lusófono, apesar das restriçons autoimpostas e relatadas acima. Porém, nom som o único.

Nestes primeiros meses de vida, o objetivo das três pessoas que iniciárom a atividade era incorporarem colaboradoras e colaboradores dos diferentes países lusófonos, garantindo a existência de critérios próprios de cada povo e umha diversificaçom do importante trabalho diário que realizamos.

Efetivamente, o Diário Liberdade aumentou o número de participantes na Galiza e incorporou colaboradores estáveis no Brasil, além das colaboraçons que também chegam de Portugal. Também na secçom de Opiniom, o número de colaboradoras e colaboradores conta-se já por dezenas e nom para de crescer.

O caráter transversal lusófono que a equipa originária do DL queria dar ao labor informativo está já contrastado pola origem das visitas, já que elas provenhem principalmente do Brasil, a Galiza e Portugal. De facto, seguramente sejamos o único meio de comunicaçom galego que, sem deixar de dar um especial protagonismo à Galiza, conseguiu ter umha ampla maioria de visitantes procedentes do Brasil. Achamos isso umha prova prática evidente da viabilidade da orientaçom lusófona da Galiza, que só nom se constata noutros meios por nom existir essa vocaçom, para além das grandes palavras sobre "línguas irmás" e outros tópicos do género.

Alargamento do projeto e portas abertas a novas colaboradoras e colaboradores

Nestes primeiros meses de um projeto ainda em construçom, temos estabelecido parcerias com outros meios informativos brasileiros, bascos, cataláns e do Estado espanhol. As colaboraçons vam continuar a alargar-se e apelamos desde já às pessoas interessadas em participarem neste projeto para nos contactarem e se incorporarem à dorna da estrela vermelha de cinco pontas. Há lugar para quem partilhar os princípios aqui traçados.

Nas próximas semanas, e daqui ao cumprimento do primeiro ano de vida do Diário Liberdade, vamos incorporar importantes novidades que poderám ajudar a alargar os conteúdos e as funçons deste espaço comunicativo, sempre com o intuito de chegarmos a mais pessoas e de ajudarmos a fazer avançar as luitas existentes nos países de expressom galego-luso-brasileira e no mundo todo.

Isto só acabou de começar e aqui temos um lugar para quem quiger dar umha mao.

A luita continua...

diarioliberdade[arroba]gmail.com


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