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Revoltada, população organiza protesto contra morte de jovem executado pela PM

230910_pmBrasil - PCO - O Jovem Julio César Menezes Coelho foi executado na última noite do último sábado, 18, em Cordovil, zona Norte, por PM que assassinaram o jovem com dois disparados na altura do peito, mostrando o interesse de executar friamente o rapaz.


Cerca de 50 pessoas entre amigos, familiares e vizinho do jovem Julio César Menezes Coelho, mais uma vítima das truculentas operações policiais, realizaram na tarde da última segunda-feira (20) um protesto na Avenida Brasil contra a execução do jovem.

Os manifestantes bloquearam durante horas os dois sentidos da via e só foram contidos com a chegada do 16º BPM (Olaria), que para variar foi enviado ao local com o objetivo de reprimir duramente a população. Durante o protesto várias pessoas carregaram cartazes chamando os policiais de "assassinos", em mais uma demonstração da enorme revolta e do repúdio da população trabalhadora contra as operações policiais, uma forma de o Estado impor na prática a pena de morte e o extermínio da população trabalhadora.

Julio César Menezes Coelho foi executado, juntamente com outras três pessoas, durante uma ação da Polícia Militar realizada na noite do último sábado, 18, em Cordovil, zona Norte da capital fluminense. Participaram da operação mais de 30 agentes do 16º Batalhão. De acordo com os relatos das testemunhas, Julio César foi baleado duas vezes no peito e morreu antes de chegar ao hospital. O caso revela bem a forma de atuar da polícia e derruba por terra os argumentos mais corriqueiros utilizados pela polícia, a de que a morte foi acidental e de que a vítima era traficante. O fato de a polícia ter disparado duas vezes no peito mostra que não se tratou de um erro, tampouco de uma bala perdida o que mesmo que fosse verdade não seria justificativa para o assassinato, trata-se de uma execução premeditada. A PM sabia muito bem o que estava fazendo e qual o seu objetivo com os disparos, tanto que atirou duas vezes direto no peito, ou seja, num claro intuito de executar a vítima.

Não bastasse executar o jovem, que sequer possuía qualquer passagem pela polícia, a PM chegou a divulgar uma nota afirmando que "o jovem fazia parte de uma quadrilha que pretendia atacar cabines policiais e assaltar motoristas na Avenida Brasil", (Estadão, 20/9/2010), em seguida foi obrigada a voltar atrás e refazer a nota já que a declaração causou grande revolta entre os amigos, familiares e vizinhos do jovem.

Acusar as vítimas de ser bandido ou traficante já virou uma tradição na Polícia. Um cinismo descarado para tentar ocultar que as ações nada mais são do que uma caçada contra a população trabalhadora e seus direitos. Acreditar que todas as vítimas da polícia são traficantes ou bandidos é o mesmo que acreditar que todos os moradores das favelas são marginais, uma aberração sem tamanho. Isso sem falar no absurdo que é a idéia de que traficantes tem que ser executado. É o mesmo que decretar pena de morte, só que nesse caso sem sequer fornecer ao acusados o direito a julgamento.

A morte do jovem deve servir como um exemplo do que ocorre na prática, todos os dias, durante as operações. Essa é a forma de atuar da polícia e das instituições burguesas, não existe nenhuma anomalia nesse caso. Essa é apenas a repetição de milhares de casos que devido a conivência da imprensa capitalista, não foram nem mesmo divulgados justamente para evitar a revolta da população, uma manobra que mais cedo ou mais tarde não vai conseguir se sustentar em virtude da enorme tendência de luta dos trabalhadores.


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