O “guru” Ravi Singh, contratado a peso de ouro para cuidar da parte de internet da “virada” sobre Dilma Rousseff (PT), já deixou o Brasil e não faz mais parte do staff do candidato. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo neste domingo 19.
O indiano radicado nos EUA foi trazido por sua bagagem em campanhas online. Na Colômbia, foi apontado como responsável pela virada de Juan Manuel Santos, eleito presidente em junho. O valor pago ao “guru” pelos tucanos, segundo pessoas próximas à campanha, foi de 10 mil dólares diários.
Na chegada, uma estratégia, no mínimo, curiosa. Desembarcando no final de agosto no Brasil, Singh resolveu derrubar os sites de campanha de José Serra por um fim-de-semana inteiro. A ideia: criar um “fato novo” e atrair militantes. A volta ao ar já traria um novo slogan – “É hora da virada” em vez de “O Brasil pode mais”. Não deu certo e comentários sobre incompetência começaram a pipocar.
Além da tática de tirar o próprio material do ar, Singh apelou para mais uma das sete pragas da web: o spam. Mensagens de propaganda da candidatura foram disparadas para milhares de caixas de email, irritando até mesmo os integrantes da equipe do candidato. Em tempo: a equipe já havia ficado irritada com a própria chegada do “guru”, já que os “locais” teriam sido desprestigiados.
Um mês após sua chegada, e sem resultados visíveis de sua intervenção na campanha, Singh faz as malas e volta para os EUA. A parte online da campanha segue nas mãos de Soninha Francine.