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Menores mapuche em greve de fome pedem fim da lei antiterrorista

080910_mapucheliChile - Adital - Na quarta-feira, 1º de setembro, três menores de idade mapuche, encarcerados no centro especial de Chol Chol, no Chile, decidiram fortalecer a batalha contra a 'lei antiterrorista' e aderir à greve de fome iniciada pelos presos políticos mapuche de Temuco, Concepción, Angol, Valdivia e Lebu, há quase 60 dias. Em comunicado, os prisioneiros políticos menores de idade também denunciaram maus-tratos físicos, restrição de visitas e descaso com a alimentação e saúde dos menores presos.


Luís Marileo Cariqueo, Cristian Cayupan e Jose Ñiripil Pérez tornaram público que estavam aderindo à greve porque as demandas do povo mapuche continuam sem qualquer resposta concreta do governo. Além da não aplicação da lei antiterrorista em reivindicações mapuche, também é reivindicado o fim dos processos duplos na justiça militar e civil, a desmilitarização das comunidades mapuche, e a liberdade para todo preso político da etnia.

Em comunicado enviado desde o centro especial de Chol Chol, os menores presos também puderam demonstrar todo o descontentamento e denunciar as práticas violatórias de direitos que imperam nos centros de detenção de menores de idade.

Denunciaram ter sofrido torturas e maus-tratos por parte das agências de aplicação da lei do estado, situação que vulnera a saúde física e psicológica dos menores. Apontaram que as visitas tem sido restritas, assim como a alimentação. Além disso, delataram que é vetada a entrada de alimentos saudáveis com pão, frutas e carne, sendo permitido apenas o ingresso de guloseimas que enfraquecem ainda mais a saúde dos menores presos.

"Temos sofrido, assim como uma grande quantidade de crianças das comunidades mapuche mobilizadas, perseguição e discriminação por parte de distintas instituições e centros públicos e privados, tais como consultórios e escolas rurais, especificamente em Ercilla, que são cúmplices da perseguição policial constante", relatam os próprios menores.

Outra queixa é o fato de as mães, avós, companheiras e amigas, que visitam os menores no centro de detenção, serem tratadas como "verdadeiras delinquentes".

Buscando defender o direito destes menores e ciente das falhas no cumprimento dos direitos da criança e do adolescente no Chile, a Fundação Anide e a Rede de ONGs de Infância e Juventude do Chile pediram um resposta rápida sobre os fatos que desencadearam a greve de fome dos presos políticos mapuche e clamaram pela derrogação da lei antiterrorista.

As entidades também intercederam, para que sejam detidas as práticas policiais de tortura e ameaça a crianças e adolescentes para que delatem familiares e membros da comunidade. Foi pedido ainda o fim das práticas de "ameaça e amedrontamento que as forças policiais realizam contra a comunidade e as famílias das crianças mapuche, que afetam sua integridade física, psicológica e moral, resultando em graves violações dos seus direitos à vida, à sobrevivência e ao desenvolvimento".

A comunidade internacional e as organizações nacionais voltadas para a causa da infância e adolescência e para os direitos humanos são chamadas a não se aliar ao estado e serem cúmplices de políticas de repressão e aniquilamento. Os meios de comunicação também são impelidos a realizar uma cobertura responsável e fazer ecoar a voz dos menores prisioneiros políticos mapuche. À sociedade civil, cabe o papel de respaldar de modo solidário a causa.

Luís Marileo Cariqueo, Cristian Cayupan e Jose Ñiripil também apelaram, em seu comunicado, por solidariedade e consciência e pediram ainda a participação dos povos nas atividades que oferece apoio à causa mapuche.


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