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Ministro russo pede que cidadãos bebam e fumem mais

020910_russia_1Rússia - RFI - Vocês querem ajudar o Estado russo a encher seus cofres? Consumam mais tabaco e álcool.Este foi o surpreendente conselho do ministro das Finanças, Alexeï Koudrine, aos cidadãos russos.


Bebidas alcoólicas e cigarros são produtos fortemente tributados na Rússia, o que faria entrar dinheiro nos cofres públicos para resolver os problemas sociais do país. "Para que as pessoas compreendam: quem bebe vodka e fuma ajuda mais o Estado. Se você fuma um maço de cigarro, está dando fundos para resolver os problemas sociais como o apoio à política demográfica, o desenvolvimento de serviços sociais, o apoio à natalidade", foram as palavras do ministro.

O ponto de vista é mais do que polêmico, pois na Rússia cerca de meio milhão de pessoas morrem por ano devido ao consumo de vodka e outras bebidas fortes. Esse índice de mortalidade repercute na esperanças de vida dos homens, 60 anos segundo a OMS, inferior à dos países pobres como Bangladesh ou Honduras. E é justamente para lutar contra esse alto índice de mortalidade, que a cidade de Moscou decidiu proibir, a partir desta quarta-feira, a venda de bebidas alcoólicas das dez da noite às dez da manhã. A iniciativa, válida para bebidas com mais de 15% de teor alcoólico, faz parte da luta nacional contra o alcoolismo no país e não atinge bares e restaurantes, somente o comércio varejista.

A baixa demográfica é um problema sério na Rússia e, no ano passado, o presidente Dmitri Medvedev tomou medidas drásticas para que os russos bebam menos. As autoridades federais triplicaram os impostos da cerveja e decretaram um preço mínimo para a vodka, a bebida nacional.Um estudo publicado neste ano pelo governo indica que três mil pessoas morrem por ano devido ao consumo de álcool e mais de 75 mil de outras doenças também ligadas à bebida.As estatísticas calculam que, por ano, cada russo bebe 18 litros de bebida alcoólica.

Diante desses dados, o apelo do ministro das Finanças pode ser considerado como um grave paradoxo que, certamente, deve causar polêmica no seio do austero governo russo.


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