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Greve nas escolas de Petrópolis e as lutas dos profissionais de Educação

220510_petropolisBrasil - Sindicalismo militante - Os professores e funcionários da rede municipal de Petrópolis estão em greve, lutando por melhores salários e plano de carreira.


Todos sabemos que eles têm impacto direto sobre a própria qualidade da educação pública: quanto melhores são os salários e as condições de trabalho do profissional de educação, mais tempo e empenho (resultado da valorização) ele tem para dedicar-se à escola e ao ensino.

O exemplo dos profissionais de Educação de Petrópolis serve para professores e funcionários das outras redes: somente a organização e luta pode transformar a realidade de arrocho salarial enfrentada na maior parte das redes públicas do estado. É por isso que nós do Sindicalismo Militante sempre insistimos: é necessário que os professores e funcionários se organizem para a atuação sindical, pois esse é o caminho concreto para aqueles que desejam modificar profunda e coletivamente o cenário atual da educação pública.

A organização dos professores e funcionários precisa acontecer no próprio espaço da escola, nos locais de trabalho, reconhecendo esse espaço como o chão necessário do Sindicato, a raiz da atuação sindical. Ou seja, precisamos ter em mente que a escola deve ser, em certa medida, parte do Sindicato. Não podemos mais compartilhar a concepção distanciada do Sindicato em relação aos trabalhadores, "eles lá e eu aqui". Isso só reforça a burocratização e não contribui para a organização da classe trabalhadora no sentido das lutas pelas transformações sociais necessárias, já que não cria raízes sólidas do Sindicato entre os professores e funcionários.

Outro aspecto interessante da situação de Petrópolis, mas que se verifica, também, em diversos outros municípios: a atuação do PT no governo. O PT no governo municipal, seja em Petrópolis ou Nova Iguaçu, ou como parte do governo, como no Rio de Janeiro ou Cabo Frio, é tão maléfico para a Educação quanto os governos dirigidos pelos partidos que tradicionalmente representam os interesses da elite econômica brasileira (PSDB, DEM/PFL, PMDB etc.). Além de apresentar o mesmo projeto de Educação dos partidos que sempre representaram os interesses da elite, reagem da mesma forma à organização dos trabalhadores: por meio da repressão aos movimentos. Não deve assustar a ninguém um prefeito do PT chamando a Tropa de Choque; basta lembrar da determinação nacional do presidente Lula: que se corte o ponto de todos os grevistas e declare as greves ilegais (http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/05/lula-pede-que-ministros-endurecam-com-servidores-em-greve.html).

Viva a luta dos profissionais de educação de Petrópolis!

Que sirva de exemplo aos professores e funcionários das outras redes!


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