Com efeito, a Empresa de Trabalho Temporário 'Nortempo ETT SL', da Corunha, oferece no portal 'infoempleo' um posto de trabalho caraterizado por, entre outras cousas, carecer explicitamente de qualquer remuneraçom.
O posto em questom é de "Recursos Humanos" e inclui critérios para a eleiçom da candidata ou candidato ideal, partindo dos currículos e reclamando que a pessoa candidata seja "jovem, dinámica, ativa e com muita vontade de aprender". Também se referem as funçons exigidas: atendimento aos clientes, atendimento telefónico, labores de administraçom e laboral, faturaçom...
Isso sim, nem todo som exigências. Também se oferece "progressom profissional" e até um horário "flexível".
Porém, o mais significativo deste posto oferecido por 'Nortempo ETT SL' é que, entre o que a empresa oferece nom se encontra o que considerávamos universalmente ligado a um emprego: o salário. Ao contrário, podemos ler, bem clarinho (e em espanhol): "Nom remunerado" (sic).
A eufemisticamente chamada "flexibilizaçom" do mercado laboral está a conduzir ao inacreditável oferecimento de postos de trabalho sem salário associado. Resta já só sabermos qual será o seguinte passo: cobrar a umha pessosa desempregada em troca de lhe permitir que faga trabalho para o "pobre empresário" que "dinamiza" a economia para possibilitar a saída da crise?
Umha vez que os minijobs parecem já mais que assumidos socialmente, talvez algumha medida desse tipo seja acordada nas negociaçons que nestes dias desenvolvem os dirigentes do patronato espanhol e dos sindicatos, antes de que o PP decida novas modificaçons na legislaçom laboral que nos aproximem mais um pouco do puro e duro esclavagismo.
