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Um tour pelas livrarias de Buenos Aires, capital mundial do livro

291211_ateneoArgentina - Opera Mundi - [Adiana Marcolini] Capital argentina tem uma livraria para cada 6.000 habitantes, muitas bastante charmosas e tradicionais


Foto: Livraria El Ateneo Grand Splendid

Elas estão espalhadas por todos os bairros. Existem as grandes redes, como a El Ateneo. As médias, as pequenas ou até minúsculas. As gerais ou especializadas. As de viejo, equivalentes aos nossos sebos. As de saldo, que só vendem títulos esgotados ou fora de catálogo. E as antiquárias. Essas senhoras charmosas são as livrarias argentinas, uma das marcas registradas de Buenos Aires. São cerca de 370 – uma para cada 6.000 habitantes.

Até abril de 2012, a capital argentina e suas livrarias vivem um momento especial: a cidade foi escolhida pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultur) como a Capital Mundial do Livro. O título é o reconhecimento a uma tradição livreira que remonta a 1780. Naquele ano, o vice-rei espanhol Juan José de Vértiz y Salcedo, no comando do vice-reino do Rio da Prata, fundou em Buenos Aires a Imprensa Real das Crianças Abandonadas, mediante a compra da tipografia que pertencera aos jesuítas, expulsos em 1767 do império espanhol.

Era o primeiro capítulo de uma longa história. Já em 1785 começava a funcionar o armazém La Botica, que vendia roupas, produtos alimentícios e... livros! Com o tempo, transformou-se na Librería del Colegio, o primeiro estabelecimento exclusivamente livreiro da cidade. Depois de ficar fechada por quatro anos e de quase virar uma lanchonete, a mais antiga livraria portenha reabriu em 1994, graças ao livreiro Miguel Ángel Ávila, que a rebatizou Librería de Ávila. Fica a poucas quadras da Plaza de Mayo.

A avenida Corrientes é, tradicionalmente, o epicentro das casas de livros portenhas: as quadras entre as calles Libertad e Ayacucho formam uma espécie de grande livraria. Aí ficam as casas de longa trajetória na Argentina; aquelas que superaram as ditaduras e as crises econômicas e continuam sólidas como uma rocha. As principais são a Hernández, a Prometeo e a Losada, mas também existem muitos sebos e algumas librerías de saldo distribuídas pela Corrientes e adjacências. É só perambular.

Nos últimos anos, o bairro de Palermo viu nascer algumas das livrarias mais atraentes da cidade. A Eterna Cadencia, em Palermo Hollywood, que fica em uma casa dos anos 1920, é uma delas. Em Palermo Soho, a Libros del Pasaje se destaca pelo ambiente cálido e a oferta variada de títulos.

O percurso pelas livrarias de Buenos Aires não pode deixar de incluir as antiquárias. Elas fazem parte de um mundo fascinante formado não só por livros, mas também por mapas e gravuras. Dois estabelecimentos se destacam neste segmento: Alberto Casares e Fernández Blanco.

A livraria Fernández Blanco é uma das principais antiquárias portenhas, com mapas, gravuras e outras rarirades

Adriana Marcolini é autora do guia 50 Livrarias de Buenos Aires (Ateliê Editorial).


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