“Hecho el pacto con el fuerte…
Es eterna la sumisión del débil”
Simón Bolívar
O Plano Puebla-Panamá e o Plano Colômbia é o pretexto com o qual os Estados Unidos justificam sua intervenção na Colômbia e a região que lhes interessa.
O Plano Colômbia foi planejado em unidade com outro plano, o Plano Puebla-Panamá, que, ainda que se apresente em aparência como dois planos diferentes, na realidade perseguem um mesmo objetivo, a conquista econômica da América Latina.
O Plano Puebla-Panamá contempla a construção de toda uma infraestrutura de interconexão vial e energética entre nossos povos, infraestrutura que será desenvolvida desde o IIRSA (Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana), onde seu objetivo final é a construção de polidutos para viabilizar a ALCA, a qual já vem se aplicando na América Central e na Colômbia, para pouco a pouco estendê-la ao restante de nossos países.
Entre os polidutos planejados pelo Plano Puebla-Panamá está um oleoduto. O qual é de vital importância e que devemos ter muito claro para poder entender a magnitude deste megaprojeto econômico-militar dos Estados Unidos, visualizar a conexão planejada entre o oleoduto que vai do Panamá a Puebla e o oleoduto "Caño Limón-Coveñas", que vai de Caño Limón na riquíssima zona petroleira da bacia do Orinoco (no Arauca colombiano, limítrofe com a parte venezuelana da mesma bacia riquíssima) a Coveñas ao norte da Colômbia, limítrofe com o Panamá, para em seguida se conectar de Coveñas ao Panamá e dali se planeja a união com os oleodutos que vão de Puebla ao Texas. (Oleoduto firmado entre Santos e Chávez no dia 28 de novembro passado).
É assim como toda esta estratégia de "integração" não é nada mais que a espoliação de nossos recursos, talvez a maior já estabelecida. Os megaprojetos de extração e dutos atuaram como uma sucção que alimentará diretamente o Texas, ou seja, os Estados Unidos.
Como podemos ver, tanto o Plano Colômbia, como o Plano Puebla-Panamá, como o IIRSA, não são mais que as ações da política exterior norte-americana pelo controle do espaço andino e amazônico.
Necessário é alertar quanto aos recentes acordos entre o Presidente Santos e o Presidente Chávez, onde se acordou, entre outras coisas, a construção de um oleoduto até o Pacífico, fica-nos então a pergunta: Por que Chávez quer fazer parte do Plano Puebla-Panamá? O presidente Chávez está validando os projetos de expansão norte-americana como o IIRSA? É só para chegar à China, ou, pelo contrário, também está na agenda a costa oeste dos Estados Unidos?
Chávez se presta à construção de obras que serão executadas a sangue e fogo em detrimento de nossos povos, muitos dos quais já foram deslocados por paramilitares e forças militares norte-americanas? Chávez se presta descaradamente para a perda de nossa soberania? Deem vocês as respostas.
Tanto Chávez como Santos disseram que ninguém vai descarrilhar esta nova aliança, terminará você, presidente Chávez, como Simón Bolívar em frente a Santander? Traído pelo oligárquico, pró-imperialista e traiçoeiro presidente Santos? "Seu novo melhor amigo". Sua aliança de hoje, Sr. Presidente, só favorece aos interesses norte-americanos por intermediação de seu mais importante aliado na região, o presidente Santos e suas bases militares.
Ao nosso povo, convido a refletir e investigar tudo relacionado com estes planos de expansão imperial, para que, não por ignorância, não terminemos aplaudindo a entrega da pátria. Afortunadamente, hoje contamos com mecanismos de informação que permite a possibilidade de se conhecer estes megaprojetos. A web é uma boa via e os convido a se informarem para entender por que se dão todos estes acordos, porque se mudou todo o ordenamento jurídico de nosso país, para favorecer o grande capital e conseguir o controle social, e, claro, para evitar a rebelião natural de nossos povos contra estes projetos, rebelião que já está fazendo nossos indígenas na Bolívia. Por último, conhecendo cada um destes planos imperiais, entendamos por que Chávez é o presidente da Venezuela e que fatores e interesses o ajudam a se manter nessa posição.
Algumas páginas para a investigação: www.iirsa.com, www.soberania.org, www.nodo50.org, www.rebelion.org, www.ruptura.org, entre outras. E no Google, busque por Plano Colombia e Plano Puebla-Panamá.