A paralisação total e marchas de milhares de pessoas caraterizaram a primeira jornada de greve geral grega, junto à violência policial, que provocou ferimentos inclusive a crianças, numa tentativa de espalhar o medo e quebrar a capacidade mobilizadora dos trabalhadores e trabalhadoras. Porém, representantes sindicais afirmaram que os protestos vão continuar até as medidas conta a maioria social serem retiradas pelo governo.
Em plena jornada de greve geral, a União Europeia voltou a exigir ao Parlamento grego a aprovação do pacote de medidas neoliberais extremistas, como condição para uma nova ajuda financeira do FMI e da Comissão Europeia ao governo capitalista grego, que atingiria os 120 milhões de euros e serviria para endividar ainda mais o país helênico.
Cada vez mais vozes denunciam que na realidade são os bancos europeus que precisam de atrelar a economia grega ainda mais aos seus "resgates", pois existe uma crise de fundo no sistema financeiro do capitalismo europeu que pretende ser compensado com exigências a estados como o grego, mediante privatizações em massa e planos de ajuste como os sucessivamente aprovados pelo parlamento grego contra o seu povo. O objetivo das novas medidas iniciadas no passado mês de abril seriam uma poupança pública de 28 mil e quantrocentos milhões de euros, dos quais 6 mil e quatrocentos milhões são já suplementares deste ano.
A própria ONU, através de um informe técnico, divulgou recentemente o temor a que as constantes restrições do gasto público faça aumentar ainda mais o desemprego e impeça a "recuperação econômica".
Parálise total, mobilizações e repressão
Entretanto, e apesar das pressões policiais, todos os setores aderiram maioritariamente à convocatória de greve. Centenas de voos foram cancelados, fábricas, atores, trabalhadores e trabalhadoras da saúde, transporte público (barcos, autocarros...), comércio... A resposta do povo trabalhador está sendo importante, tanto parando em todos os setores como saindo à rua em defesa dos direitos da maioria.
A polícia está protagonizando episódios de violência que em ocasiões são respondidos com luta nas ruas por manfiestantes e grevistas. Dúzias de pessoas já foram detidas na primeira das duas jornadas de greve geral.