Um Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar atacou a manifestação, que bloqueou o trânsito de acesso à Grande Vitória reclamando o fim dos aumentos tarifários. As mobilizações populares sucedem-se e a violência policial também. Faz duas semanas que a tropa de choque já protagonizou outra agressão contra manifestantes no município de Aracruz.
O centro da Grande Vitória foi paralisada pela manifestação popular durante quase cinco horas, com a exigência de que as reivindicações contra o aumento das tarifas do transporte fossem escutadas por Givaldo Vieira, vice-governador. Aí a Polícia Militar iniciou um ataque com bombas de efeito moral e balas de borracha, respondido com pedras pelos manifestantes.
O ataque policial permitiu a reabertura de algumas avenidas, mas posteriormente voltou o bloqueio, graças à ação de manifestantes. Finalmente, houve uma negociação para que uma comissão fosse ao palácio da Fonte Grande, o que foi aceito pelos responsáveis institucionais. Porém, a violência policial voltou mais tarde, reproduzindo-se os confrontos, com ataques indiscriminados da PM à população.
Pneus queimados, pedras e barricadas foram a resposta popular.
Mais mobilizações e violência policial de tarde
Porém, os confrontos não acabaram aí. À tarde, houve concentrações de estudantes em frente ao cámpus da Universiadde Federal do Espírito Santo (Ufes), com bloqueios de avenidas e disparos da força repressiva com balas de borracha e bombas de efeito moral. Docentes universitários condenaram a violência policial contra uma instituição federal como a Universidade é. O reitor Reinaldo Centoducatte ligou ao vice-governador Givaldo Vieira para reclamar o fim da violência polícia, o que aconteceu pouco depois.
Por volta das 17h30, quase 1.000 estudantes marcharam para a Praça do Pedágio, sendo bloqueados pela polícia. O trânsito nas avenidas voltou a ver-se afetado pelos acontecimentos e a violência policial voltou na avenida César Hilal.
Nove estudantes foram detidos e cinco ficaram feridos durante a jornada de luta. O governo afirmou através do secretário de Transportes, Fábio Damasceno, que não haverá redução nas tarifas do Transcol, o que anuncia novas mobilizações populares pelo direito ao transporte.
De fato, os coordenadores do movimento informaram ainda que os protestos continuam nesta sexta-feira (3). Às 17 horas está marcada uma assembleia nas dependências da Ufes. Após a assembleia, os estudantes devem decidir quais serão as próximas ação do movimento.
Com informações e fotos do Século Diário.