Kiko, a tua página sobre o surfe galego subiche-la em 2008, e concebeche-la conscientemente como um projecto informativo em galego, nom é?
Pois é. Realmente este projeto tem um objetivo informativo e outro objetivo normalizador no eido do desporto e da mocidade. Daquela a comunidade galega de desportistas da praia nom tínhamos meios de comunicaçom nem em galego nem em castelhano. No 2008 existiam meio cento de blogues galegos de surfe e bodyboard e algumha web estática. 90% estavam em castelhano mas agora o jornal de referência sobre desporto de praia fala galega e tenho mais de um cento de blogues registados.
No Facebook de SurfGZ temos uns 2.500 amigos e o galego é a língua mais empregada nos seus fios e comentários.
O mundo dos desportos em geral nom é um campo no que a galeguizaçom avançasse muito, quiçá por desleixo do activismo normalizador, que sempre desprezou um bocado o desporto como contra-posto à cultura... Como vés a situaçom no surfe?
A situaçom do surfe é a mesma que podem ter os outros desportos que se praticam na nossa terra. Os rapazes das vilas e aldeias falam galego mas os surfeiros das cidades falam castelhano. Quero destacar o trabalho que fai a FGS que sempre amossa umha boa atitude com a língua de Castelao e tem quase todos os papeis e formulários em galego.
Que tal está a ser a recepçom da tua página? Achaste algum problema por escrevê-la em galego?
Nom. Algumha gente nom me entendia ao princípio baseando-se no mito de que se escreves em castelhano vás chegar a um público mais grande mas agora vam compreendendo que a opçom do galego era muito mais coerente.
Além de temáticas exclusivamente desportivas, também há umha secçom de ecologismo em surfgz.com. Como se vem do mundo do surfe todas as agressons que está a padecer o nosso litoral?
Pois a verdade que com pouco interesse. Estas notícias tenhem poucas visitas mas foi umha aposta pessoal já que nom podemos renunciar a informar sobre os projetos de recuperaçom ou destruiçom da nossa costa. Eu sei que umha pequena percentagem de visitantes apreçam estes conteúdos.
Se nom me equivoco, a tua página nom conta com nengumha ajuda institucional. Como vê alguém que desde o voluntarismo é capaz de manter um web de referência no mundo do surfe, a actual crise dos meios em galego?
SurfGZ.com nom conta com ajudas da Junta, Deputaçons ou Concelhos, tristemente nom consigo este tipo de apoios já que como sabedes as ajudas do nosso Governo a prol deste tipo de iniciativa som escassas e já estám repartidas entre os seus amigos.
Este projeto informativo dedica parte dos seus recursos a buscar empresas que queiram participar no nosso programa "Empresa Amiga" como por exemplo, escolas de surfe, tendas, agências de viagens, etc...
Cada um destes sponsors achega umha quantidade económica cada ano e conta com algumhas vantagens como umha ficha técnica, banners de publicidade e outras cousas. Deste jeito cada ano imos crescendo em apoios e aumentam os nossos recursos económicos e já podemos colaborar na organizaçom de eventos com material. Agora mesmo estou a preparar um programa de apoio aos videocriadores galegos de surfe e bodyboard com um orçamento inicial de 300 euros ao ano.
Também quero aproveitar para vos apresentar outras webs como www.ondalonga.com que é umha colaboraçom entre SurfGZ e a equipa de pessoas que organizam um dos melhroes festivais de longueirom -longboard- do Estado. Foi um trabalho que figem de balde o ano passado. Esta web é mista (galego-castelhano). Também podedes visitar a nova web da FGS www.fgsurf.org
Parabéns por SurfGZ.com Kiko, e muito obrigados pola tua amabilidade. Podes engadir qualquer cousa que nos esquecesse.
Pois dar-vos as graças pola entrevista e animar a todas as pessoas que estám involucradas no ativismo a montar as suas próprias webs e a criar comunidades onde poder luitar por um futuro mais justo para a nossa cultura e a nossa língua.