No dia 08 de março é comemorado o Dia da luita feminista.
Há quem diz que este dia tem a sua origem nas manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917.
Mas já antes, o 8 de março de 1857, dezenas de operárias têxteis do Baixo Manhatan se declararam em greve e se lançaram às ruas em protesto pelas miseráveis condições de trabalho. Elas exigiam a humanização das condições de trabalho e igualdade de condição. Durante a greve, 129 trabalhadoras morreram queimadas em um incêndio na fábrica Cotton Textile Factory.
Meio século depois, mais de 15.000 mulheres marcharam novamente pelas ruas de Nova York, reclamando a redução da jornada de trabalho de 16 a 10 horas diárias baixo o lema “Pão e Rosas”. Posteriormente e em múltiplas ocasiões, as enérgicas vozes e ações das mulheres conseguiram significativos avanços no exercício e conquista dos seus direitos.
Seja qual for a origem, a homenagem é mais do que merecida. Ao longo da história muitas mulheres demonstraram garra, força e perseverança na luita pelos seus direitos. Essas mulheres não aceitaram as péssimas condições de trabalho, organizaram um movimento e lutaram até a morte. Mas ainda fica muito pelo que lutar…há muita luita ainda por construir. A construção quotidiana de uma nova sociedade não acontecerá sem a incorporação das nossas demandas especificas. Neste momento não só temos que luitar por avançar nos nossos direitos mas também porque que já perdemos direitos:
- Pela separação da Igreja do Estado: não à Red Madre a gestionar os serviçospúblicos. Pela aplicação efetiva da lei do aborto.
- Por uma educação sexual que nos dê o poder de decisão.
- Pelo desmantelamento das redes de tráfico de mulheres e prisão aos proxenetas.
- Basta de violência contra as mulheres! Por uma política efetiva de combate da violência sexista!
- Pela denuncia efetiva de todos os governos neoliberais que atacam os nossos direitos: não à lei de família, não ao recorte das prestações e das pensões, não ao feche de recursos e ao aumento do paro feminino.
- Por isso facemos um chamado a todas as mulheres a participarem em todos os atos que se convocar neste día de luita.