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Povos árabes enfrentam terror institucional nas ruas da Líbia, Bahrein, Marrocos e Iemen

230211_arabesLíbia - Diário Liberdade - [Atualizado às 00:30h de 23.02.11] Voltam as manifestações no Bahrein e Iemen, continuam bombardeios contra o povo na Líbia.


Entre 300 e meio milhar de mortes na Líbia: caos alastra e Kadafi quer ficar

O governo líbio já reconheceu a morte de 300 pessoas nos últimos dias de revolta na Líbia, enquanto o coronel Kadafi pronunciava um discurso em que reafirmou a vontade de ficar e manter a violência contra a oposição. Entretanto, sucedem-se as deserções nas fileiras governistas. O número 2 do regime, Abdel Fattah Younes al Abidi, somou-se à sucessão de dirigentes institucionais líbios que fugiram ou ficaram no estrangeiro, abandonando o líder, Muamar el Kadafi, e pediu ao exército que se ponha do lado da oposição.

Kadafi, por seu turno, rompeu o seu silêncio e disse estar disposto a "morrer como um mártir", num discurso televisivo de mais de uma hora. De maneira delirante, culpabilizou "jovens drogados" de protagonizarem as revoltas no país, garantindo que irá usar a força, incluída a pena de morte, para combater os manifestantes.

Os líderes da chamada 'comunidade internacional', que durante os últimos anos legitimaram o poder do regime de Kadafi, reclamam agora o fim da violência, enquanto mantêm os acordos assinados e que lhes permitem desfrutar do petróleo líbio.

Entretanto, Fidel Castro, líder histórico da revolução cubana, alertou sobre um plano dos EUA para que a UE invada a Líbia e tome controlo do território e, sobretudo, dos seus recursos energéticos. Não há dúvida sobre os interesses das potências imperialistas na extensão de um "caos controlado" na Líbia, que lhes permita aceder com maiores facilidades às riquezas energéticas do país, principalmente o petróleo.

Nessa perspectiva, o Governo venezuelano reclamou que se permita uma saída democrática interna à crise líbia, rejeitando uma eventual intervenção imperialista na região.

Iemen: dois estudantes assassinados pelas forças repressivas 

Entretanto, dois estudantes morreram nas manifestações de estudantes perto da universidade de Sanaa. Apoiantes do presidente Ali Abdullah Saleh dispararam contra os milhares de manifestantes que reclamavam a renúncia do governo e uma mudança no sistema político do país. Mais de uma dúzia de opositores já morreram por disparos das forças repressivas no país, o que não impediu que as manifestações continuem.

A maior manifestação marcha pela capital do Bahrein

A desta terça-feira pode ter sido a maior mobilização do povo do Bahrein na capital, Manam, reclamando mudanças. A manifestação coincide com a libertação dos primeiros presos políticos por parte do regime ditatorial, que tenta acalmar assim a ira do povo.

Segundo alguns meios, até 100.000 pessoas podem ter participado na manifestação, que concluiu na praça da Pérola, no centro da capital.

'Abaixo Khalifa' foi uma das palavras de ordem mais coreadas (Hamad bin Issa al-Khalifa, o rei absoluto há 40 anos, como o seu primeiro-ministro, o xeque Khalifa bin Salman, tio do monarca).

Monarquia marroquina quer manter controlo do país

Em Marrocos, o rei descartou assumir as reclamações da oposição democrática, apesar de que o próprio regime reconheceu que 37.000 pessoas saíram às ruas no dia 20 em Tânger, Tetuã, Larache, Al-Huceima, Sefru, Marraquech e Guelmim. 128 pessoas foram feridas e 120 detidas segundo o governo, mas a oposição fala de "milhares" de detidos e detidas.

A oposição prepara novas mobilizações para os próximos dias.


220211_capital 

[Atualizado às 1:30h de 22.02.11] Repressom continua na Líbia, Iemen, Bahrein e Marrocos: Falta contagem confiável das vítimas

Al Jazeera fala de duas centenas de vítimas mortais na segunda-feira em Trípoli, e do bombardeamento de manifestantes por parte da aviaçom de Gaddafi.

Dous oficiais da força aérea fugírom para Malta nos seus avions caça para, segundo afirmárom, evitar ter que atacar a populaçom civil.

Um outro grupo de oficiais alinhárom com a oposiçom e figérom um apelo à tropa para ajudar a derrocar o regime de Muamar el Gaddafi, que apareceu durante uns 15 segundos na telvisom pública para esclarecer que continua em Trípoli e, portanto, era falsa a sua anunciada fuga para a Venezuela. O seu filho negou antes disso que a aviaçom militar atacasse o povo, afirmando que as bombas fôrom contra um depósito de armas para evitar que os "bandos" da oposiçom se armassem.

A organizaçom marxista palestiniana condenou os "massacres" dos governos da Líbia, Bahrein e Iemen contra os respetivos povos nas últimas jornadas, fazendo um apelo a apoiar e estender os movimentos revolucionários nesses países e noutros da Naçom Árabe.

As redes sociais mostram na Internet imagens de corpos destroçados supostamente polas bombas lançadas polos avions da força aérea líbia nas cidades de Trípoli e Bengasi. Também de milhares de pessoas a manifestar-se nas ruas de Trípoli contra o governo.

Também no Bahrein, Iemen e Marrocos continua a repressom contra as massas, com balanços de mortos e feridos contraditórios. Em Marrocos confirmárom-se ao menos 5 mortes no dia 20 em Al-Hoceima. Como os restantes ditadores da regiom, Mohamed VI afirma que não vai "ceder à demagogia", em referência às mobilizaçons que levárom dezenas de milhares de pessoas às ruas de Marrocos para reclamar umha reforma constitucional.


210211_tripoli2[Publicado às 17h de 21.02.11] Líbia dividida e com confrontos nas ruas: mais de 230 pessoas podem ter morrido

A explosom social que se vive na Líbia nom cessa e já saltou da segunda maior cidade do país, Bengasi, para a capital, Trípoli.

Depois do discurso televisivo do filho de Muamar el Gaddafi, ontem à noite, que reconheceu a divisom do país e o risco certo de guerra civil, os confrontos intensificárom-se e o número de vítimas mortais terá crescido.

Militares e grupos de apoio ao Coronel que dirige o país há 42 anos disparam contra manifestantes fazendo um número de vítimas indefinido, umha vez que a atividade informativa está totalmente bloqueada polas autoridades líbias, que acusam "um complô estrangeiro" da sucessom de acontecimentos durante a última semana.

Várias esquadras policiais e outros edifícios públicos fôrom queimados por grupos de manifestantes que reclamam a renúncia de Gaddafi, mas o filho deste garantiu que irá manter-se no poder e luitar "até a última bala". O governo russo terá oferecido refúgio ao ditador líbio em troca da sua renúncia e do fim da violência estatal contra manifestantes.

As últimas notícias informam da tentativa de manifestantes de assediar a casa do próprio Gadafi e da resposta da sua guarda pessoal com tiros indiscriminados que podem ter causado dúzias de mortes.

Oferecimento de mudanças constitucionais

Saif el Islam Gadafi, filho do coronel, ofereceu ontem mudanças constitucionais em troca do fim das manifestaçons, ameaçando com umha guerra civil se elas nom se detinham. O certo é que, longe de se deterem, as mobilizaçons multiplicam-se, incluída a capital, onde também parece existir um importante sustento social de apoio ao governo.

Multinacionais retiram estrangeiros do país

Avions militares de diferentes países estám evacuando diretivos e outros trabalhadores e firmas multinacionais presentes na Líbia, o que confirma a existência de umha situaçom de grande instabilidade numha das principais potências petrolíferas mundiais. Shell, BP, Repsol, Austrian oil e Wintershall anunciárom que vam abandonar o país. O mercado do crude poderá ver-se assim afetado polos acontecimentos na Líbia.

O próprio Saif el Islam Gaddafi reclamou a unidade do povo líbio em torno da exploraçom do petróleo e acusou os imperialismos norte-americano e europeu de animar a revolta para provocar a ruptura do país e o caos, que lhes permitisse tomar conta de tam precioso recurso energético.

Sucessom de demissons no governo

Nas últimas horas, sucedem-se as demissons no Governo de Gaddafi. Já abandonaram os embaixadores líbios na China e Índia, o representante na Liga Árabe e, há escassos minutos, o ministro da Justiça, Abdul Jalil Mustafá. Em todos os casos, os motivos alegados fôrom o excessivo uso da força por parte do Governo para reprimir os protestos populares em diferentes cidades do país.

Segundo os meios burgueses ocidentais, parte do país terá caído já em poder da oposiçom, sendo questom de horas a queda do governo.


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