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touradas corunha manifeGaliza - Diário Liberdade - O povo galego nom gosta de touradas. Nom é preciso ter um grau em sociologia para o saber. É tam simples como ir às touradas na Corunha e ver o deserto e entediado ambiente das arquibancadas.


Galeria inferior de imagens do Diário Liberdade: reproduçom livre, de preferência citando a fonte

Ontem umha heterogênea manifestaçom, apoiada por meio cento de associaçons e organizaçons políticas e sociais, percorreu o centro da cidade herculina para reclamar o fim das touradas na Galiza e na Corunha em particular. O protesto começou a meio-dia no relógio do Obelisco onde se fôrom ajuntando centos de pessoas de todas as idades. Meia hora depois, no início de umha calma e temperada tarde de verão, a manifestaçom começava o percurso pola rua real e era encerrada na frente da Cámara Municipal, após ter acedido à praça de Maria Pita pola rua de Rego d’agua. 

Durante a marcha, várias faixas reclamavam a aboliçom das touradas, o fim do maltrato animal e umha Galiza livre desta cruenta e bárbara prática alheia à cultura e história do povo galego.

Membros de Galiza Melhor sem touradas e da plataforma Touradas fora de Ponte Vedra, as duas associaçons antitaurinas galegas mais dinámicas, portárom faixas das suas organizaçons. Por seu turno, Nós-UP, A Nova e BNG fôrom as únicas organizaçons políticas cujos militantes marcárom presença com faixa própria.  Também associaçons internacionais com fraca presença no país exibírom faixas mesmo com legendas em castelhano e inglês, contra a tortura animal e o "bullfighting". “Nengum toureiro sem cornada”, “Galiza livre de touradas” ou “a tortura nem arte nem cultura” fôrom algumhas das palavras de ordem que pudérom ser ouvidas em galego-português polas ruas centrais da cidade. Aliás a organizaçom juvenil Galiza Nova usou a vistosa bandeira galega com a vaca que bem se pode tornar num símbolo das luitas antitaurinas pola sua grande aceitaçom social. 

O ato foi encerrado com a leitura de diversos manifestos que pediam acabar com a tortura animal e o fim da promoçom das touradas com o dinheiro público dos galegos e galegas.

O Coliseum, umha praça de touros sui generis do verão corunhês 

Corunha, por nom ter nom tem nem praça de touros. É por isso que empresários taurinos em conluio com políticos do PSOE (Paco Vázquez e Losada) e agora do PP (Negreira) acordam transformar o Coliseum, recinto dedicado principalmente à organizaçom de concertos, numha improvisada e pouco castiça “Plaza de toros”.

Esta “elite” também é consciente de que o disparate de organizar touradas num lugar onde ninguém gosta delas só é factível no verão. No inverno nom daria para atrair turistas norte-europeus que queiram assistir ao “tipical spanish bullfighting” ou espanhóis que ao fugirem do abafante calor castelhano podam estar na Galiza como na “casa” desfrutando dos seus sangrentos e incívicos costumes e tradiçons com um clima agradável. Este é o público alvo junto ao menos dos 3% de vizinhos e vizinhas da Corunha que afirmam acompanhar as touradas.

touradas corunhaProtestos lotados, touradas vazias

Se na rua ontem havia milhares de manifestantes, no Cosileum quase havia mais toureiros e touros do que público. Na verdade, resultaria hilário se nom fosse grave a malversaçom do dinheiro público que o PP local destina a este lamentável ato de tortura animal. Milhares de euros do orçamento municipal destinado a pagar os lucros de um empresário que organiza anualmente um evento deficitário.

Nom há crise nem cortes para a imposiçom da marca EspaÑa

Entom, por que todos os anos a elite política corunhesa dá o dinheiro que deveria ser para o bem-estar do povo a um empresário alheio à cidade e à Galiza e que nom fornece nengum serviço proveitoso aos corunheses e corunhesas?

Por que PP e PSOE continuam a organizar de costas ao povo e em plena crise económica um evento que só dá perdas e em troca justificam reformas laborais, cortes em educaçom, saúde e perdas do poder aquisitivo da classe trabalhadora por falta de dinheiro?

A chave está mais na questom identitária que na do respeito animal. Desde o franquismo as touradas som um fetiche identitário da artificial pátria espanhola. O touro é o símbolo do projeto nacional espanhol. A imposiçom dessa EspaÑa a todos os povos nom “castelhanos” é o que explica a absurda teimosia do PP-PSOE de dar dinheiro público para as touradas apesar do nulo sucesso entre o povo galego.

Umha prática que para além do sempre desprecível maltrato animal visa a uniformizaçom cultural e lingüística que consiga assentar o projeto nacional das classes dominantes.


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