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200115 marchaGaliza - Que Voltem! - Na passada sexta-feira, dia 16 de janeiro, mais dum cento de solidárias e solidários ultimavam os preparativos para empreender umha viagem que se sabia longa e fria.


Nos dias prévios à Marcha já se podia intuir que a 9ª ediçom seria um éxito. A enorme e variada implicaçom com a que contou a campanha semelhava anunciar que este ano as presas independentistas galegas sentiriam, mais que nunca, o nosso carinho e apoio mui perto delas.

Tres colunas dispunham-se a partir desde distintos puntos da Galiza cara os centros peniteciários onde se atopam as nossas presas.

ambiente sentido e descrito por pessoas que participarom nas distintas colunas era similar nos tres: os nervos, a alegria, a ilusom, o sentimento de força e energia que proporciona saber que vas levar um pouco de oxigénio às companheiras e companheiros…

As bandeiras, gaitas, alto-falantes… mesturábam-se com a emoçom e as mochilas e sacas de solidárias e solidários que acudirom bem provistas de roupa, calçado de reposto e víveres para as longas horas de viagem.

Pouco a pouco, à coluna sul, última em partir, chegavam notícias da viagem das outras dúas colunas. Ainda que com algumha baixa, os autocarros forom enchéndo-se nas distintas paradas, e avançando cara ao seu destino sem incidéncias destacáveis, mais que o frio, o vento, a neve, e o gelo nas estradas.

Coluna Norte, (Corunha, Ferrol, Lugo e Ourense) que partia às 0.00 e tinha como destino Dueñas, onde se atopa Antom Santos, chegou em hora ao seu destino. Umha vez alí, nom tiverom problemas em rodear o Centro Penitenciário transmitíndo-lhe a Antom todo o apoio e carinho que levavam naquel autocarro.  As solidárias e solidários conseguirom comunicar-se com presos vascos; um deles disse que Antom estava no pátio e que lhe contaria todo em quanto puider.

Coluna Centro, que partia de Compostela às 22.00 rumbo ao Centro Penitenciário de Ocaña, Toledo, onde está Eduardo Vigo, também saia pontual; ao chegarem ao centro penitenciário, depois de 680 quilómetros percorridos, a Guarda Civil nom permitiu que se rodeara o perímetro da Cadeia. Ficarom fronte à porta, mas isso nom freou a força e ganas das solidárias e solidários, que com os seus berros de apoio, carinho, e contra as medidas penitenciárias e a política de dispersom que lhes som aplicadas às nossas presas romperom o siléncio da aldeia na que se atopa o Centro Penitenciário. Mais tarde puidemos saber polas redes sociais que presos vascos escoitarom esses berros, emocionándo-se e transmitíndo-o aos seus familiares.

Por último, a Coluna Sul saia de Ponte Vedra às 1.30, e tras fazer as paradas programadas, empreendia viagem cara Villanubla, onde está o nosso companheiro Roberto Rodríguez, Teto. Alí recebirom-nos ascompanheiras e companheiros de “Cuarto Grado” Valladolid, colectivo anticapitalista e antirrepressivo ( http://cuartogrado47.blogspot.com.es ) que nos derom os folgos necessários para acavar de espertar com um caldo quentinho que nos preparárom e trouxeram até a porta da prisom… OBRIGADAS!! Com energias renovadas e felices polo reconfortante e solidário recebimento, começamos a berrar consignas contra a excepcionalidade aplicada às nossas presas e exigindo a súa volta para casa. Ainda que a polícia nom permitiu rodear a cadeia e identificou a todas as solidárias e solidários que viajavam no autocarro, nom conseguirom desanimar ao quase meio centenar de solidárias que ali se atopavam. Ao contrário: dúas gaiteiras solidárias figerom que o hino da pátria, ou o do Celta, entre outras cousas, puidera escoitar-se às portas do Centro Penitenciário de Villanubla. Mais tarde, de caminho já a Mansilla de las Mulas, umha solidária que nom puido acompanhar-nos na viagem, mas que estava pendente do decorrer da Marcha, chamou-nos para comunicar-nos que Teto nos escoitara desde a súa cela, o que injectou em nós novas energias, depois de estar na porta da prisom sem poder mover-nos e com sérias dúbidas sobre se Teto poderia escoitar-nos desde tam longe.

A Marcha dirigia-se agora cara ao seu destino final: Mansilla de las Mulas, León, onde mantenhem dispersadas a Raul Agulheiro e Maria Osório. As espectativas de poder contactar com elas ficaram truncadas um par de dias antes ao saber que trasladaram a Raul a Madrid e cambiaram a Maria de cela.

A sensaçom de ver tres autocarros cheios de solidárias e solidários aparcando às portas da prisom de Mansilla de las Mulas para levar calor e carinho às presas independentistas, é de satisfaçom, de felicidade, de orgulho dum povo que se engrandece ante as adversidades.

Pese a que Raul nom estava no Centro Penitenciário, si que estivo presente nos nossos berros e proclamas contra a dispersom e a lei penitenciária da que som vítimas as nossas companheiras, amigas, e familiares.

Nom tivemos problema em rodear o perímetro do Centro penitenciário; fumos berrando, cantando, com música, bandeiras, alto-falantes, gaitas, pandeiretas, bombos, tambores… no caminho, tivemos que atravessar umha estrada, na que coincidimos com o carro da família de Maria, que se dirigia a um bis a bis familiar com ela, e que parou ao ver-nos para saudar-nos, abraçar-nos e comentar-nos que se dirigiam a comunicar com Maria. Indicárom-nos o lugar onde se situava a nova cela da companheira, e cara lá caminhamos, com muitas forças e animadas polo encontro e pola multitude que andava entre a lama com a esperança de que Maria nos escoitara.

A Marcha revolucionou um dos módulos da prisom, desde o que saiam bandeiras, toalhas, e berros; e entom chegou o ponto mais emotivo da nossa marcha, quando entre os barrotes vimos sair uns braços que se agitavam cada vez que berravamos “Maria”… ao pouco, esses braços amosarom umha bandeira da Pátria, e escoitamos a voz de Maria rachando com a distáncia, os barrotes e os muros… as solidárias e solidários que ali estavamos esquecemos definitivamente o frio, a neve, o gelo na estrada, o lento decorrer dos kilómetros num autocarro… e só sentimos calor, cercania… também raiva, mas nom impoténcia, porque os berros de Maria derom-nos forças para saber que vamos consegui-lo, que esta luita apenas começou e já vamos sumando vitórias… desta vez, a da solidariedade, que superou todas as espectativas.

Umhas quantas solidárias decidirom deixar um recordo do nosso passo por Mansilla de las Mulas pendurando umha bandeira da Galiza dumha altíssima barra que asegurava que Maria podia contempla-la desde a súa cela.

A viagem de volta decorreu de novo sem outros incidentes que a neve e o gelo nas estradas; com ánimos renovados e mais conscientes que nunca do que implica a cruel medida da dispersom penitenciária, voltamos para seguir trabalhando.

Desde aquí queremos agradecer a todas as pessoas solidárias e colectivos de todo tipo que que nos apoiarom e que fizeram possível esta 9ª Ediçom da Marcha às Cadeias:

Desde as implicadas na campanha da Caravana da LiberdadeCentros sociais e outros locais que se implicarom, grupos de música que tocarom de jeito desinteressado, e pessoas que acudirom e colaborarom através dos bonos solidários; às implicadas na campanha de autofinanciaçom: Mecenas, Dakidarría, Séchu Sende, Sermos Galiza e Faisca Teatro; a todas as pessoas e organizaçons políticas, sociais, culturais… que nos transmitirom o seu apoio com a campanha de vídeos de difusom da Marcha, ou através de comunicados e posicionamentos públicos contra a dispersom e em defesa dos direitos fundamentais das presas; às pessoas que participarom na marcha: gaiteiras, pandereteiras, tamborileiras, à gente solidária com ganas de berrar e luitar… às companheiras de Valladolid de Cuarto Grado

A nossa solidariedade é imparável. Seguiremos sem parar até que consigamos o nosso objectivo; porque esta é a luita que nos une, o objectivo comum. O 2015 somentes começou, e temos umha cousa clara: juntas somos imparáveis e temos claro o que queremos para este ano…

2015: REMATAR COM A DISPERSOM. TRAZE-LAS PARA A CASA!!


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