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IMG 20120920 211110Galiza - Diário Liberdade - Reproduzimos a seguir o comunicado lido por Ceivar na manifestaçom de 20 de setembro em Compostela.



Ceivar rejeita que as detençons se produzissem em relaçom a qualquer atividade "terrorista" nem que os detidos sejam "perigosos para a sociedade" nem provoquem "temor" na sociedade. Bem ao contrário, assinalam razons políticas por trás da repressom:

"No passado sábado dia 15 de Setembro, as organizaçons armadas ao serviço de Espanha volverom golpear aos nossos. O Estado mais corruto, podre e ruinoso da Europa lançou mais umha vez os seus cans de presa contra galegos que, com honradez, generosidade e valentia, trabalham construindo umha possibilidade para o nosso povo salvar-se da crise total que Espanha representa.

Nom. Nom detivérom a Carlos, a Xurxo, a Diego e a Heitor porque sejam "terroristas": os nossos companheiros nunca provocárom temor entre o nosso povo, que em cámbio si tem medo dos banqueiros ladrons, dos empresários escravistas ou dos políticos vende-pátrias. 

Nom. Nom os perseguírom e procesárom por representarem um perigo para a sociedade, já que se por algo os conhecemos é pola sua entrega enorme e generosa à causa galega, à construçom dum país no que o nosso povo poda viver livre e feliz.
Nom. Nem se quer os encarcerárom porque, como gostam de dizer, "ao povo galego lhe repugne a violência", porque de ser assi teriam que encerrar na mais profunda das prisons aos mercenários covardes que desfrutam aterrorizando, extenuando e golpeando galegos nas dependências da Direcçom Geral da Guarda Civil, em Madrid.

Digamo-lo alto e claro: a única razom pola que o Estado prende militantes independentistas é porque estes representam um obstáculo perigoso para os seus planos de destruiçom nacional, porque som um convidado incómodo no festim de corruçom e crime que é a Espanha dos Botin e dos Borbón, no que às galegas e galegos só nos querem como mao de obra servil e barata.

Companheiras e companheiros: vivemos tempos duros, e os que se avizinham presentem-se piores. Espanha e o capitalismo que a alimenta afundem no oceano da crise e, como no Titanic, os poderosos pretendem salvar as suas vidas e o seu status passando por cima do povo, e lançando contra ele os seus guardiáns armados. A eliminaçom dos direitos sociais que nos levou décadas de luita conseguir, e o retorno ao fascismo cru e nu dum Estado que nunca acreditou na democracia, som duas faces da mesma moeda. Como nos melhores tempos da luita antifranquista e da resistência popular, a solidariedade valente, o esforço compartido, o trabalho em comum e a acçom decidida som as melhores ferramentas com que nós, galegas e galegos, contamos para nom sermos mais vítimas dum poder que só nos considera escravos ou inimigos.

Ergamos o punho da irmandade e da luita em honor a Carlos, a Xurxo, a Diego e a Heitor, extendamos a nossa solidariedade e o nosso carinho a todas e todos aqueles que sofrem a repressom e a perseguiçom espanhola, e berremos juntas

Viva Galiza ceive e socialista!
Viva a luita galega!
Antes mortas que escrevas!"

Manifestaçom polas ruas de Compostela denunciou repressom e torturas a independentistas

A dia 20 de setembro, em Compostela, cerca de 150 pessoas manifestárom-se em solidariedade com os quatro independentistas detidos polo aparelho repressivo espanhol no passado fim de semana em Vigo e Compostela.

Apesar de que a convocatória inicial da entidade antirepressiva Ceivar compreendia apenas umha concentraçom na Praça da Galiza, às 20:30, o grupo decidiu manifestar-se polas ruas da capital galega para visibilizar o conflito.

Na faixa principal assinalava-se que “a luita é o único caminho” e pedia-se a liberdade para “Carlos, Diego, Koala e Xurxo”. Os gritos de apoio às pessoas presas (“As presas agora queremos vê-las fora”, “Pres@s à rua a luita continua”...) dividírom espaço com a denúncia das violaçons dos Direitos Humanos nas que o Estado espanhol e a Guarda Civil incorrem: “A Guarda Civil tortura e assassina”, “Audiência Nacional, tribunal fascista”...

Terminada a concentraçom, o grupo circulou polas principais ruas da cidade, com muita visibilidade e terminando por volta das 22:00 h na Praça do Pam. No percurso, várias pessoas saírom às janelas e portas das suas casas para aplaudir a marcha.

Finca-pé nas torturas

IMG 20120920 205226Nas reflexons finais da concentraçom, apontou-se que a repressom contra o independentismo acontece porque é “um perigo para o projeto de destruiçom nacional” que Espanha aplica sobre a Galiza e outros países e por ser um “convidado inconfortável no banquete da corrupçom”. Contra os destrutivos planos espanhóis só se pode responder “com açom decidida e conjunta”, avaliárom.

Fijo-se finca-pé nas torturas denunciadas por três das pessoas detidas e que por três dias permanecêrom incomunicadas, sem assessoramento legal e sem qualquer registo do acontecido em maos da Guarda Civil. Dous dos detidos acabárom por assinar depoimentos autoinculpatórios durante a sua incomunicaçom, sendo “inacreditável, dada a experiência de ativismo social das pessoas detidas”, elas caírem numha armadilha desse tipo, se nom mediante tortura, afirmou-se. “Essa pode ser umha mudança de estratégia” na linha das seguidas “noutros territórios [em referência ao País Basco] durante muitos anos”.

Polícia alarmou cidadania

A tranquila e pacífica marcha só se viu perturbada pola presença de um operativo exagerado de violentos que portavam armas, da organizaçom repressiva conhecida como Polícia espanhola.

Durante a concentraçom, esses indivíduos permanecérom em vários cantos da Praça da Galiza, alarmando os e as cidadás que por lá passavam. Entretanto, dous deles estavam frente às e aos manifestantes, possivelmente para tentar distorcer a opiniom dos e das transeuntes sobre o pacífico protesto.

IMG 20120920 204402Já durante a manifestaçom polas ruas compostelanas, a polícia arrodeu o protesto sem, no entanto, chegar a ter umha atitude violenta ou intervir de maneira algumha, mas sim provocando alarma entre os e as compostelanas por causa das armas portadas.

Problemas para a polícia secreta

É necessário chamar à solidariedade com a polícia secreta. Estamos certos de que algum dia conseguirám superar os problemas de alteraçom da perceçom que lhes fam pensar que nom chamam a atençom quando se infiltram nos grupos de manifestantes. Porém, ontem ficou claro que esse objetivo terá que esperar o próximo plano de modernizaçom do corpo.

Também os e as manifestantes o percebêrom assim, como revelou o canto “Secreta, idiota, crês que nom se nota!” dirigido a um alto e musculoso ‘manifestante’, com roupa de ‘metrossexual’ de ginásio, careca, pano palestino e atitude conciliadora com a polícia espanhola.

Fotos do Diário Liberdade


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