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mani nos upGaliza - Diário Liberdade - [Acompanhamento ao Vivo, 13 horas, fuso horário galego-português] Ao igual que ontem, o bom tempo acompanhou neste 25 de julho, Dia Nacional da Galiza.


A CUT pediu nas ruas de Compostela a convocatória de umha nova greve geral na Galiza

A organizaçom mais madrugadora foi a Central Unitária de Trabalhadores e Trabalhadoras que tinha convocada umha concentraçom para as 11 horas na Alameda compostelana. Membros do sindicato nacional e de classe portavam umha faixa que chamava à convocatória de umha greve geral galega para o 26 de setembro. 

Após meia hora na Porta Faxeira da Alameda, as pessoas lá concentradas saírom em manifestaçom reclamando a greve geral. Depois entrárom na cidade velha ao grito de "nengum passo atrás" e encerrárom a manifestaçom na praça de Maçarelos. Lá perante cerca de um cento de pessoas um porta-voz do sindicato nacionalista expujo a necessidade de organizar umha "greve dura" para o povo galego travar os ataques da burguesia espanhola ao mundo do trabalho.

Ascenso da participaçom na manifestaçom independentista de NÓS-UP no seu segundo ano de convocatória: de 240 a 290

A seguinte organizaçom a sair da Porta Faxeira foi a Unidade Popular. Entre bandeiras vermelhas e lilás acompanhando a galega e algumhas da própria organizaçom, Nós-Unidade Popular iniciou a marcha avançando pola rua da Senra reclamando a independência para a Galiza.

À cabeceira, numha faixa cor de laranja com um mapa nacional galego podia-se ler Independência, socialismo, feminismo, em letras grandes, e em letras pequenas, nem Espanha, nem Uniom Europeia, nem FMI.

Segundo as contagens feitas polos nossos repórteres presentes no ato, a manifestaçom independentista cresceu, ainda que moderadamente, em relaçom às contagens de 2011, quando Nós-UP convocara umha manifestaçom à margem das outras correntes independentistas.

Umha equipa observadora de Esculca acompanhou a manifestaçom que contou com pouca presença policial.

bandeira a arderDurante o percurso ouvírom-se palavras de ordem como "A soluçom é a revoluçom", "Contra Espanha, contra o Capital, greve geral" ou "Espanha é a nossa ruína". Antes da faixa, várias pessoas seguravam umha bandeira nacional galega com a estrela vermelha da libertaçom nacional no centro e escuitava-se o berro de "Esta é a nossa bandeira" para deixar claro que a bandeira fascista espanhola imposta polo franquismo nom representa o povo galego.

Ao chegar à praça do Toural, foi reproduzida a mensagem do sindicalista galego Telmo Varela, preso por motivos políticos num cárcere espanhol longe da nossa terra.

A seguir, Rebeca Bravo, porta-voz de Nós-UP, arengou as cerca de trescentas pessoas presentes e lembrou que a soluçom nom era sairmos da crise e sim de "sairmos do capitalismo".  Aliás, Rebeca reclamou umha greve de 48 horas na Galiza para "atemorizar a burguesia".

As 290 pessoas presentes no Toural reclamárom aos gritos a liberdade dos presos e presas políticas galegas e findárom o ato cantando o Hino dos Pinheiros, hino nacional galego. Mais tarde, dous encapuzados queimárom umha bandeira espanhola.

Perda muito importante da participaçom na manifestaçom de Causa Galiza de quase 900 a 180

Por seu turno, a manifestaçom de Causa Galiza saiu por volta das 12:30, hora galego-portuguesa. Na faixa de cabeça a legenda "Continuarmos no caminho da liberaçom nacional e social".

A manifestaçom partiu com gritos contra Espanha e contra o capital. Também se pudo ouvir gritos pola língua galega, pola independência da Galiza e em prol dos nossos símbolos nacionais. Vários turistas ficárom surpreendidos à passagem da manifestaçom polas ruas da zona velha quando reclamava a independência da Galiza.

Quanto à participaçom, Causa Galiza sofreu umha perda muito importante de apoio, passando de quase 900 pessoas em 2011 para as 180 de hoje. Dá-se também a circunstáncia de que o suposto apoio exclusivo à manifestaçom de Causa Galiza que o porta-voz de Ceivar realizou no fim da cadeia humana de ontem, noticiado ao vivo polo Diário Liberdade, acabou por ser desmentido por fontes da direçom desse organismo antirrepressivo, que declarou ao DL que Ceivar nom apoiou nengumha manifestaçom concreta das que hoje percorrêrom as ruas da capital galega.

No ato de Causa Galiza no Toural, criticou-se o apodrecido sistema institucional espanhol e o ato foi encerrado com o canto do poema de Pondal, hino da Galiza.

Soberanismo dividido... como quase sempre

NÓS-UP aplicou um roteiro próprio e apostou em construir umha corrente revolucionária à margem do BNG, NPC e CausaGz e conseguiu crescer minimamente neste 25 de julho. Embora haja que esperar polas avaliaçons políticas das diferentes entidades convocantes, os acontecimentos dos últimos meses parecem ter um reflexo nas manifes de hoje.

Ao falarmos de participaçom, nom devemos esquecer que duas organizaçons independentistas passárom ao campo reformista: FPG e MpB e deixárom Causa Galiza. Por sua vez, Causa Galiza aderiu ao NPC de Beiras e abandonou-no neste mês antes de se constituir. Daí que a soma de NOS-UP e Causa Galiza nom tenha chegado aos 500 participantes.

Galeria de imagens e vídeos dos dias 24 e 25 de julho

A seguir, apresentamos umha galeria com imagens tomadas por repórteres do Diário Liberdade no acompanhamento dos dias 24 de 25 de julho. As imagens, da autoria do Diário Liberdade, podem ser compartilhadas livremente, de preferência citando fonte:

Todo pronto na Alameda para o início das manifestaçons patrióticas

[11:45, fuso horário galego-português] Depois de um 24 de julho de mobilizaçons juvenis, concertos e repressom de baixa intensidade, a jornada pola reivindicaçom nacional da Galiza continua neste 25 de julho com as mobilizaçons das diferentres organizaçons do movimento nacional galego.

Para além da intimidaçom policial que ontem, felizmente, nom acabou em porradas aos centos de jovens que se manifestárom polas ruas da capital da Galiza contra Espanha e o capitalismo, houvo de madrugada episódios repressivos como a que sofreu um grupo de ativistas no bairro de Sam Pedro.

Assim, vários militantes de Nós-UP fôrom retidos durante 15 minutos no Cruzeiro de Sam Pedro por polícias espanhóis à paisana, sendo um deles algemado e ameaçado por um funcionário do Estado que lhe dixo em espanhol "ahora te voy a pintar la bandera de Espanha en la puta cara". Supostamente teriam sido fragrados fazendo grafitis num banco. Eis um dos grafitis que hoje de manhá refletiam os vidros de umha entidade bancária:

lume ao capital galiza 

Se bem através do twitter os repórteres do Diário Liberdade já estám a informar de todas as novidades neste 25 de julho, de aqui a uns minutos voltaremos a atualizar com notícias sobre as diferentes manifestaçons neste Dia da Pátria Galega de 2012. Até já!

Juventude independentista manifesta-se polo centro histórico da capital galega

[22:00 horas, fuso horário galego-português] Pouco depois das 21 horas começou a manifestaçom juvenil independentista convocada por Briga. 

A manifestaçom que sempre era ilegalizada pola Delegaçom do Governo Espanhol na Galiza desta vez foi permitida graças a um recurso apresentado pola organizaçom juvenil. O Tribunal Superior de Justiça da Galiza acabou por puxar das orelhas à Delegaçom do Governo espanhol por impedir a liberdade de expressom da mocidade galega e deu licença ao ato convocado.

mani briga 1

Apesar desta mínima garantia que ajudava a evitar agressons policiais, como vinha acontecendo nos últimos anos, a presença policial foi abafante. Cinco carrinhas lotadas de fardados com material anti-motim seguírom a manifestaçom de perto.

A manifestaçom foi encabeçada por umha faixa com a legenda "Rebelar-se no presente, revelar o futuro. VIII Jornada de Rebeliom juvenil", por trás, vários jovens portavam sinais com diferentes símbolos com os que a juventude de Briga se identifica (feminismo, independentismo, unidade lingüística galego-portuguesa e comunismo).

Perante as tentativas de intimidaçom da polícia espanhola, filmando todas as pessoas presentes, a juventude começou a berrar "polícia espanhola, braço armado do PP".

A manifestaçom foi pola rua da Senra, continuou pola praça de Maçarelos e percorreu o centro histórico reclamando a independência da Galiza.

Um dos repórteres do nosso jornal que estava a enviar informaçom ao vivo do ato foi empurrado polos polícias que mostrárom o seu descontentamento com a liberdade de imprensa e lhe dixérom "ya tienes tu reportaje, basta de fotos".

O ato foi encerrado na praça da Galiza onde, antes de ser cantado o hino nacional galego, Eva Cortinhas apelou à luita juvenil num vibrante discurso redeada de polícias e com aplausos das pessoas presentes na praça da Galiza.

AMI e Adiante optam pola concentraçom para evitar a pressom policial, mas houvo identificaçons

Quanto à Rondalha independentista, este ano convocada polas organizaçons juvenis independentistas AMI e Adiante, finalmente nom saiu em manifestaçom.

Previamente, decorreu um ato político no que representantes da AMI e de Adiante apontárom Espanha e o capital como culpáveis polas brutais consequências que a crise está a ter para a mocidade.

A polícia espanhola empunhava armas de bola de borracha consideradas letais pola Uniom Europeia nos momentos prévios à que deveria ser a saída da Rondalha.

Enquanto dúzias de jovens se concentravam e comparavam metaforicamente os policiais com diversos animais domésticos como cans e porcos e berravam contra a repressom espanhola e pola liberdade da Galiza, os fardados fôrom encurralando a mocidade.

Após uns momentos de tensom onde os chefes da polícia ameaçárom com carregar contra as pessoas, as jovens fôrom dispersando-se devagar até dar por finalizado o ato, igual do que a polícia.

Apesar disso, a polícia espanhola identificou um grupo de manifestantes quando abandonavam o local, apelando a "segurança cidadá". Também a equipa de observaçom de Direitos Humanos de Esculca foi identificada. Fernando Blanco, coordenador da organizaçom, dijo ao Diário Liberdade que os polícias justificárom-se dizendo que os "gravaram e que podiam publicar ditas gravaçons em determinados meios".

Contudo, o Diário Liberdade fica satisfeito ao comprovar, ao menos, o alto nível cultural dos fardados do país vizinho, pois conhecem ao filólogo Isaac Alonso Estraviz: "Donde está ahora Estraviz?" -dixo-lhe sinistramente retranqueiro um polícia a outro.

Solidariedade com as patriotas presas estivo presente nas ruas apesar da forte presença policial

20:15 horas, fuso horário galego-português. Umha forte presença policial voltou a empecer a liberdade de expressom durante o ato convocado pola liberdade dos presos e presas independentistas galegas.

A polícia colocou-se a poucos metros das dúzias de pessoas que reclamavam o fim da dispersom e das políticas de excepçom que o Estado espanhol aplica com os prisioneiros políticos da Galiza.

A Cadeia Humana que arrodeava umha das principais praças da capital galega logo se tornou umha manifestaçom que avançou pola rua Virgem da Cerca até a Porta do Caminho.

Em todo o momento a polícia espanhola impediu a livre circulaçom da manifestaçom pola cidade velha compostelana formando um cordom policial de dúzias de fardados.

Durante o percurso em que os manifestantes coreavam palavras de ordem pola liberdade dos presos e presas independentistas e pola volta das patriotas à Galiza um grupo de fascistas espanhóis começou a increpar os manifestantes chamando-os de "hijos de puta". Lembremos que Compostela está lotada durante o verao de turistas estrangeiros, muitos deles espanhóis, facto que tensiona muitas vezes as mostras de solidariedade galega para com os compatriotas presos na Espanha.

O ato convocado polo organismo anti-repressivo Ceivar foi encerrado com a leitura de um manifesto que reclamava a liberdade de todos os patriotas galegos e galegas seqüestrados em cárceres da Espanha a centos de quilómetros do seu país. Também foi lida umha carta redigida polo operário Sánti Vigo, patriota preso no cárcere espanhol de Dueñas, em nome do Coletivo de Presos e Presas Independentistas.

Oscar Gomes, porta-voz de Ceivar, enviou um abraço fraterno a presos e presas e dixo que "Espanha e o Capital som umha legalidade ilegítima". Gomes encorajou aos assitentes a participarem da manifestaçom convocada por Causa Galiza amanhá ao meio dia na Alameda compostelana.

No palco postado na praça 8 de março, vários solidários polas pessoas presas seguravam umha faixa com a legenda "Liberdade independentistas", além de levarem fotografias dos diferentes galegos e galegas presas.

O ato foi encerrado com o canto do hino nacional galego.

cadeia humana2

Forte presença policial na Cadeia humana polos presos e presas independentistas

Várias carrinhas da polícia de choque espanhola ocupárom a praça da Galiza nos prolegómenos do ato pola liberdade dos presos e presas independentistas galegas.

Durante o ato, dúzias da pessoas rodeárom esta praça central da capital do País coreando palavras de ordem pola liberdade dos presos e presas independentistas.

Nesta V cadeia humana organizada polo organismo anti-repressivo Ceivar também estivo presente umha equipa do observatório para a defesa dos direitos e liberdades Esculca. Pertechados de coletes laranjas, estes ativistas polos direitos cívicos tenhem como objetivo denunciar possíveis abusos policiais nas mobilizaçons populares.

Foto: Momentos prévios à formaçom da cadeia humana de Ceivar com a polícia ao fundo e membros de três membros de Esculca a observar.

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Diário Liberdade vai acompanhar minuto a minuto o 24 de julho e o Dia da Pátria Galega

Este ano a jornada de reivindicaçom vem marcada por um aprofundamento sem final da crise capitalista e polos movimentos no ámbito da esquerda nacional.

Será já o terceiro ano que informamos sobre o campo daquilo que os meios comerciais ignoram ou, simplesmente, escondem. Começaremos o acompanhamento hoje (24) no serám  e continuaremos até a conclusom dos atos independentistas programados para o 25 de julho.

Precisamente na manhá desse dia, colaboradores e colaboradoras do Diário Liberdade estarám na Alameda de Compostela a repartir e vender material promocional, a única maneira através da qual podemos enfrentar as importantes despesas que a nossa atividade implica.

As nossas leitoras e leitores poderám acompanhar todo o que aconteça através do twitter criado especificamente para esta jornada (@DLaovivo), cuja atualizaçom minuto a minuto poderá ser consultada na janela superior.

Publicaremos fotografias, vídeos e reportaremos minuto a minuto todo o que acontecer nas ruas da capital galega nestas jornadas de luita do povo galego contra a assimilaçom espanhola e a miséria capitalista. Desde já, apelamos as pessoas que puderem enviar informaçons, fotos, vídeos ou qualquer outra colaboraçom a fazê-lo no email diarioliberdade@gmail.com . Só dessa maneira poderemos visibilizar o que, com certeza, os meios burgueses tentarám silenciar.

O Dia da Pátria deste ano acontece de um lado em plena crise capitalista, a qual, longe de tocar fundo, confirma estar em queda livre. Há escassos dias multitudinárias manifestaçons tomavam as ruas galegas em resposta aos brutais cortes impostos polo antidemocrático governo espanhol, que a cada semana perde apoios e se torna mais ilegítimo.

Por outro lado, a cisom do BNG –até agora cristalizada nas formaçons ‘Compromiso por Galicia’ e a Anova-IN de X. M. Beiras, além do próprio BNG dirigido pola UPG- alterou substancialmente a cena autonomista e provocou também umha reestruturaçom do independentismo de esquerdas, com parte dele incorporado a Anova.

O processo -ainda sem concluir- vai ter a sua ‘fotografia’ nas manifestaçons de hoje e amanhá, com atos separados de BNG, CxG, Anova-IN, Nós-UP e Causa Galiza, além de manifestaçons de organizaçons juvenis –Briga, AMI e Adiante, e as agrupaçons juvenis autonomistas.

Apelo à colaboraçom

A nossa atividade acontece numha etapa marcada pola profunda crise capitalista, que abre expectativas de mudança na luita histórica da humanidade pola superaçom do capitalismo. Nós queremos ajudar a que isso aconteça e contá-lo com a perspetiva das e dos de abaixo, contra o grande capital e os seus meios e instituiçons.

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Foto: Dálle un Colinho


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