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0415 marathon-switzerGaliza - Novas da Galiza - [A. Rua Nova] Em 1896 a cidade helena de Atenas acolhia a celebraçom dos primeiros Jogos Olímpicos contemporáneos nos que se incorpou umha das competiçons atléticas máis célebres da história: a maratona. A origem da prova atopa-se no mito da fazanha do soldado grego Filípides, que no ano 490 ane, morreu de fatiga após correr desde a cidade de Maratom até Atenas para anunciar a vitória grega frente aos persas.


Mas nos Jogos de Atenas as mulheres nom puiderom correr a maratona. Desde 1896 até 1984 as mulheres tiverom proibido competir oficialmente nesta distância porque as federaçons de atletismo e o Comité Olímpico (compostos por homens) consideravam que a distáncia da maratona era "demasiado díficil para as mulheres"; criam "que superava os seus límites" e, em consecuéncia, nom lhes autorizavam a tomar a saída.

A luita das mulheres pola igualdade foi umha carreira de resistência, iniciada a principios do século XX e atingiu a súa primeira vitória em 1972, quando derrotam ao machismo e conseguem o direito a participar oficialmente nas maratonas.

Em 1926 a británica Violet Percy afrontou os 42.195 metros em solitário em 3 horas 40 minutos e 22 segundos. A sua fazanha demostrava que as mulheres podiam perfeitamente correr maratona, e muitas outras atletas do mundo imitarom á británica, mas só podiam faze-lo de jeito oficioso.

O ponto de inflexom chegou no ano 1967 em Boston. A legendaria maratona de Boston também proibia correr ás mulheres, mas Kathrine Switzer (Amberg, Alemanha, 1947) decidiu participar. Anotou-se com as súas iniciais: KV Switzer e tomou a saída com o dorsal 261 no meio da multitude. Durante o percurso da carreira, um dos oficiais que fiscalizava a prova descubriuna e tentou detene-la. Esa secuência foi captada, e hoje é um símbolo na luita imparável das mulheres polos seus direitos. Na imagem vemos ao director da maratona empurrando a Katherine para que abandone; a pesares disto, Kathrine continua e logra cruzar a linha de meta sendo a primeira mulher que correu umha maratona cum tempo oficial de 4h e 20 minutos. Mas as mulheres ainda teriam de seguir pelejando para poder rematar com a discriminaçom.

Tiverom que passar aínda cinco anos, e a maratona de Nova Iorque em 1972 foi a primeira na que as mulheres puiderom participar. Até 1984 nom se incoporou a maratona feminina aos Jogos Olímpicos, rematando com 88 anos de discriminaçom. Foi em Los Angeles 84, nos que ganhou a americana Joan Benoit, cumha marca de 2 horas 24 minutos 52 segundos. Até hoje puidemos ver excelentes maratonianas, e o recorde feminino está em possessom da británica Paula Radcliffe, que em Londres 2003 parou o crono em 2h 15minutos 25 segundos. Desde 1972 as mulheres podem correr maratona oficialmente. Mas nom foi a única barreira que superarom: hoje há muitas mulheres que incluso compitem em ultramaratona (máis de 42km) e em trails de máis de 100km.

Na Galiza a maratona é umha disciplina que tem actualmente excelentes atletas. Alessandra Aguilar, Vanessa Veiga, Maria Jesús Gestido ou Maria Yolanda Guitiérrez son as melhores referentes dumha extraordinária geraçom de maratonianas galegas. O recorde galego segue em poder de Maria Abel Diéguez com 2h 26´59" (Frankfurt 2002). Alessandra ficou 5ª no Mundial de Moscova 2013. Alessandra e Vanessa forom aos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Maria Jesús é dupla campioa estatal (2009 e 2013) e Yolanda foi 10ª na maratona de Berlin, umha das más prestigiosas e competitivas do mundo. O seu exemplo fai que cada dia máis mulheres galegas saiam correr os 42´195km dumha maratona, mas a batalha pola igualdade é ainda longa.

Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 vivimos também umha imagem histórica: a primeira atleta saudí numhas Olimpiadas. Foi Sarah Attar, que nasceu e mora nos EUA, mas com ascedência saudí, e competiu em 800 metros lisos. Finalmente as autoridades ultraconservadoras saudís permitirom participar a Attar, mas em troca de muitas condiçons vejatórias e machistas: "que fora tutelada por um familiar (varom), que vestira de acordo com as normas islámicas (todo o corpo cuberto agás maus e rosto) e que nom se relacionara com homens". E por que autorizarom os saudis a participaçom dumha mulher nos Jogos? Porque o COI (Comité Olímpico Internacional) ameaçou a Arabia com excluir ao país dos Jogos se nom levavam mulheres. A participaçom de Sarah Attar em Londres foi histórica, mas nom podemos esquecer que na Arabia, e noutros países, as mulheres tenhem proibido fazer desporto (só podem practica-lo de forma clandestina ou no exílio) e a exclussom das mulheres do desporto é um aspeito máis da marginaçom institucionalizada e sistemática que sofrem.

 


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