O casal formado por Santiago Vázquez e Daniel Baamonde apresentou um pedido de adoção a princípios de 2011, cuja resolução qualificam de "irregular".
Após voltarem a apresentar alguns documentos, que segundo a Administração tinha extraviado, foram requeridos a uma entrevista de menos de hora e meia. Posteriormente, mantiveram uma nova entrevista na qual lhes comunicaram que "não eram idóneos" para a adoção.
Diante desse ditame, o casal recorreu à sua advogada, quem lhes recomendou solicitarem uma cópia do expediente. No entanto, os servidores públicos denegaron entregar essa cópia até que o casal apresentou o pedido por escrito e após várias horas de espera.
A advogada de Santiago Vázquez e Daniel Baamonde, Ana Varela, assinalou que o expediente está "cheio de irregularidades", como a inexistência do precetivo relatório de avaliação e o uso de expressões que, em opinião dos atingidos, "abeiram-se do delituoso", pelo qual não descartam iniciar ações legais contra a Junta.
O documento indica que o casal solicitante não cumpre com a "necessidade específica" em termos "afetivos" que requerem os filhos adotivos e que, embora reconheça que que "as crianças podem crescer em famílias muito diferentes, não é indiferente crescerem numa ou noutra". Segundo a advogada, o expediente convida claramente a pensar que o escrito discrimina o casal pola sua condição sexual.