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010813 galego portuguesGaliza - NÓS-UP - Reproduzimos entrevista publicada no último número de O Pedroso às membros da Comissom de Língua da Gentalha do Pichel Bea Bieites, Manuel Vilarinho, Raquel Paz e Amtom Meilam.


Qual é a política lingüistica do atual governo municipal?

Na verdade, polo geral nom prestamos muita atençom às políticas linguísticas institucionais porque, ou som abertamente antigalegas, ou som folclorizantes. Se bem que seja verdade que a Cámara de Compostela foi a primeira a ter um plano de normalizaçom e diferentes iniciativas bem intencionadas em legislaturas anteriores, parece que na atualidade já nom é assim: a responsável de normalizaçom do atual governo, após ser colocada polo delinquente Conde Roa, fijo a sua primeira apresentaçom pública em castelhano. Achamos que nom é preciso ecrescentar mais nada…

Além disso, teoricamente existe umha estrutura denominada “Conselho de Normalizaçom Lingüística” que, segundo afirmam no web da Cámara “está composto por um membro de cada um dos grupos políticos que formam a Corporaçom, além dos representantes das seguintes instituiçons, organizaçons ou setores sociais: Direçom Geral de Política Lingüística, Universidade de Santiago, organizaçons em defesa da língua, organizaçons empresariais, sindicatos, ensino, associaçons cultuais, juvenís e vicnais”. A Gentalha do Pichel nom conseguiu até hoje obter respostas sobre quem está a integrar o organismo, quando reúne ou em que está a trabalhar.

Tem mudado algo desde que governa o PP?

Como já comentámos, é a primeira vez na história da Cámara que umha responsável pola normalizaçom se apresenta em sociedade em castelhano, toda umha declaraçom de intençons… Ora, quanto à interlocuçom institucional connosco como entidade preocupada com a língua e a normalizaçom, aí nada tem mudado. Continua a ser inexistente.

010813 gent

Qual é o panorama lingüístico em Compostela a respeito de outras cidades ou grandes vilas da Galiza e como pensades que vai evoluir?

Sem termos dados precisos (as instituçons que se deveriam encarregar destes estudos nunca fôrom nada ágeis para atualizar as informaçons) parece que nom devem ser muito diferentes aos do resto do país; o processo de desgaleguizaçom da sociedade continua com passo firme.

Mas há algo que diferencia quantitativamente Compostela; a politizaçom da mocidade universitária fai, possivelmente, que aqui o número de novas falantes de galego seja um pouquinho superior. Seria muito interessante saber quanta gente se conscientiza aqui da sua galeguidade e dá o passo a viver em galego. E mais interessante seria ainda ter dados de quanta de esta gente passa a abraçar o reintegracionismo como passo seguinte. É pena que nengumha das instituçons que recebe dinheiro público para nos fornecer estes dados tenha feito nengum estudo sobre estes dous fatores.

Quanto à evoluçom da tendência de falantes, nom é preciso ser especialista para ver que a direçom é dramática. Os próximos dados sociolingüísticos estám prestes a sair e aí veremos, sem dúvida, que todo aponta para a desapariçom da nossa comunidade lingüística num prazo nom mui longo de tempo.

Qual está a ser a atuaçom do movimento normalizador da língua?

O movimento normalizador continua a ser de resistência. Começa-se a espalhar a ideia de que nestas condiçons, a via institucional está ultrapassada, já que a legislaçom lingüística nom garante que nada vaia mudar. Estamos na hora de que o movimento normalizador tome as ruas e nom o parlamento.

Estám-se a fazer cousas a nível local em diferentes pontos do País, mas talvez a ausência dum referente nacional de defesa da língua que aglutine esse trabalho fai com que os esforços nom se rentabilizem e que a consciência da necessidade deste trabalho nom aumente. Achamos que no nacionalismo nunca tam pouco se militou na língua como na atualidade.

Como é bem sabido, nós nunca nos movemos da normalizaçom de base, neste sentido continuamos a propor e a construír e já temos a primeira escola de ensino galego para crianças de 2 a 6 anos.

Que açons e iniciativas mais se poderiam desenvolver no panorama atual para defender e normalizar a língua?

Achamos que nom devemos de abandonar a normalizaçom de base, a construçom passo a passo da Galiza galegofalante do futuro que queremos. Há quase 10 anos que estamos a defender o mesmo e nom pensamos que seja o momento de mudar.

O momento é altamente crítico para a a língua e fazemos parte dessa onda de pensamento do nom esperar por ninguém e fazer os possíveis pola transformaçom. Nessa linha enquadramos o nascimento da Semente, centro de ensino infantil em galego que funciona em Compostela há já 2 anos. O futuro está aí: em irmos criando espaços que permitam aglutinar a massa de galegofalantes que ainda fica. Só com essa massa aglutinada através dos centros sociais, das escolinhas ou do associativismo poderá haver verdadeira consciência, tensom e reivindicaçons.

Desde o reintegracionismo, que mensagem acrescentades?

Que o reintegracionismo continua a ser a proposta normalizadora mais potente de todas quantas tem parido este país e a única que nos deixa ter esperanças para o futuro da nossa língua. É a proposta que permite, do ponto de vista cultural, trascender o provincialismo cosmopaleto que Espanha e o imperialismo linguístico castelhano tenhem reservado para Galiza e, sobretodo, que nos permite viver realmente em galego.


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