As duas "famílias" do coletivo corunhês apadrinhado polo oficialismo para assuntos relacionados com a padronizaçom do galego parecem concordar no que consideram fundamental: combater qualquer nova aproximaçom às teses reintegracionistas, apesar de elas contarem com cada vez mais apoio de diferentes setores sociais e intelectuais.
Pouco depois de que a AGAL transmitisse os parabéns ao candidato vencedor, Xesús Alonso Montero, politicamente ligado a IU, este declarou aos microfones da Rádio Galega que nom só nom vai promover qualquer aproximaçom ou mudança progressiva do padrom escrito isolacionista em relaçom ao reintegracionismo, como gostaria de recuar às posiçons de 1982, antes do acordo com a corrente chamada "de mínimos".
Mais afastamento do português como melhor prova do imobilismo da entidade privada que a Junta da Galiza reconhece como "autoridade" em matéria de língua. Isso é o que Alonso Montero e, seguramente, também o seu rival, Manuel González, defendem para o futuro imediato da associaçom com sede na Corunha.
Os convulsos últimos meses de vida interna da RAG, a partir da discutida presidência de Xosé Luís Mendes Ferrim, acusado de práticas nepóticas na contrataçom de pessoal e de escassa transparência, levárom à derrota do candidato afim ao demitido anterior presidente. Agora, Xesús Alonso Montero preside umha RAG dividida, com boas relaçons com os governos e escassa atividade e reconhecimento social, em funçom da sua composiçom e posiçons consideradas sectárias por alguns setores do movimento popular pró-galego.
Com o apoio do Conselho da Cultura, do mundo editorial oficialista e de umha maioria da própria RAG, provavelmente pouco mude no rumo negativo da política lingüística oficial com a vitória do octogenário Alonso Montero nem, seguramente, iria mudar muito mais com a vitória do seu também oficialista concorrente.