A zeladora sofria importantes dores desde fazia tempo, ao que se somara umha depressom. Após umha semana de baixa, a inspeçom médica determinou que estava em perfeitas condiçons para trabalhar, impondo-lhe umha alta forçosa que terminou de maneira dramática às 10:00 h da manhá da sexta-feira (27).
Assim o asseguram testemunhos, trabalhadoras e trabalhadores do CHUAC num foro, nas redes sociais e num blogue, criado perante o silêncio da média que todas e todos coincidem em denunciar.
A precarizaçom do pessoal do Sergas é umha realidade verificável em qualquer dos hospitais galegos, com guardas intermináveis e sem descansos ou pressons para aumentar a ‘produtividade’, especialmente sobre as faixas mais sensíveis de empregadas e empregados, nomeadamente aqueles com menor qualificaçom ou experiência.
Silenciamento como norma nos suicídios, que já som a principal causa de morte externa no Estado
O Novas da Galiza denuncia que dia 4 de julho houvo quatro suicídios na área de Vigo, sem que nengum deles aparecesse na imprensa. Esse é um exemplo de como o silenciamento é a norma no “tratamento informativo” dos casos de suicídio na média ao serviço do capital. O pretexto é evitar um suposto contágio que encoraje mais gente a tomar essa decisom.
No entanto, umha atitude que poderá ser classificada no melhor dos casos como paternalista, também poderá visar apenas a manutençom de um clima de normalidade, umha espécie de inópia num mundo feliz que, por outro lado, vê aceleradamente deteriorada a sua fachada com o avanço implacável da crise capitalista.
A realidade que os meios do sistema ocultam é que o suicídio é a principal causa de morte externa no Estado espanhol, segundo dados do INE, por diante dos acidentes de tránsito. E isso sem ter em conta que esses dados poderám ser artificialmente suavizados: O Presidente da Sociedade Espanhola de Psiquiatria legal assegurava em 2011 que os dados oferecidos polo INE eram por volta de 23% menores aos seus cálculos.
Em abril de 2012 o INE publicou os dados correspondentes a 2010, que indicam umha estabilizaçom no patamar dos 3.200 suicídios anuais no Estado espanhol. No entanto, até 2006 o número estava estabilizado por volta dos 2.200 suicídios anuais, coincidindo o aumento de 1.000 pessoas anuais com o início da crise capitalista.
Na Grécia, entre 2007 e 2009, a taxa de suicídios aumentou 24%, mas a queda livre económica de 2010 fixo com que no primeiro semestre desse ano aumentasse 40%. Também entre 2007 e 2009, na Irlanda o aumento foi de 16% e de 52% na Itália, onde há um suicídio diário diretamente relacionado com a crise segundo a rede Eures dependente da UE.
Foto: Facebook/Gentes do Chuac - Imagem publicada num facebook nom oficial de pessoal do CHUAC sobre a morte da zeladora Maria Ángeles Camino Beazcua.