É a segunda reforma em favor da banca desde que Mariano Rajói chegou ao poder e a quarta desde 2009, dado que o PP tam só continua a linha seguida polo PSOE para salvar os maltreitos negócios da burguesia financeira, e dos bancos alemáns e franceses com os que estám adividados, entregando recursos públicos.
Umha linha iniciada em 2009 com a criaçom do FROB para pôr em andamento a reestruturaçom do setor bancário espanhol, ferido de morte polo estourido da bolha imobiliária que a própria banca criara e alimentara durante anos.
Segundo o ministro espanhol de Economia, o neoliberal Luis de Guindos, "bastará com menos de 15.000 milhons de euros para respaldar o setor". Há que ter pouca vergonha para fazer declaraçons como estas umhas semanas depois de aprovar cortes de 10.000 milhons de euros mais para ensino e na sanidade, depois da reforma laboral e depois de todas as medidas antipopulares que o PP está a impor. De novo milhares de milhons de euros serám entregues aos mesmos banqueiros que se seguem a repartir o botim de uns astronómicos ganhos e de indecentes soldos e pensons.
Mais umha vez demonstra-se que os governos do Estado espanhol tam só defendem os interesses da oligarquia. É umha falácia total a ideia de um Estado que vela polos interesses "do conjunto da sociedade". Assim, o povo trabalhador é obrigado a salvar os negócios da burguesia a custa de mais cortes sociais, precariedade, desemprego, exploraçom e pobreza.
A profunda crise do sistema financeiro espanhol também demonstra a falsa mil e umha vezes repetida ideia de que a gestom privada é melhor do que a pública, atacada polos propagandistas do Capital como ineficaz e esbanjadora. A prepotência dos "grandes gestores" neoliberais fica polo chao e agora exigem dinheiro público para que bancos e caixas nom caiam, tentando convencer às classes trabalhadoras de que se eles caem nós também perdemos.
Para o independentismo socialista, para NÓS-Unidade Popular, esta nova decisom do governo espanhol é inaceitável. Nom podemos tolerar que se salve a banca roubando o povo. Como figemos desde que começou a conversom das caixas galegas num novo banco privado, seguimos a defender a alternativa da criaçom na Galiza de um Banco Nacional 100% público. Umha proposta que agora o autonomismo afirma defender, depois de legitimar nos últimos anos o processo que deu lugar a Novagalicia Banco, e que antes ou depois finalizará com a sua absorçom por algumha entidade espanhola de maior tamanho.
A cada semana há mais razons para sairmos à rua, para a mobilizaçom e a luita. Nom podemos manter a fé numha recuperaçom económica da que nom há nem o menor atisbo, e nom podemos aceitar "sacrificar-nos" para salvar, exclusivamente, os negócios dos capitalistas. A perda de direitos, o empobrecimento, o desemprego... detenhem-se luitando contra a burguesia e os seus governos. A única alternativa para a Galiza, para as trabalhadoras e os trabalhadores, é a luita por umha República Galega independente e o Socialismo.
Por umha nova Greve Geral de 48 horas!
A luita é o único caminho!
Direçom Nacional de NÓS-UP
Galiza, 12 de maio de 2012