A Sociedade Cultural e Desportiva (SCD) do Condado suma-se ao chamado solidário com as pessoas refugiadas que estám a chegar à Europa desde o Oriente Próximo e a África, e reclama que Salvaterra de Minho e as demais vilas e cidades do Condado e de toda Galiza se convertam em terra de asilo para as proteger e acolher.
A SCD celebra esta fim-de-semana o 29º Festival da Poesia no Condado, dedicado ao lema ‘Migrantes’. Todas as actividades e intervençons do encontro estám vertebradas polos temas da emigraçom, a inmigraçom ou o exílio; mas a SCD quere dar um paso mais reclamando que Salvaterra se converta em terra de asilo, e chamando à toda povoaçom galega a fazer das suas vivendas e da sua terra um lugar de asilo.
O lema ‘Migrantes’ foi escolhido pola SCD para defender os direitos das migrantes e para denunciar as causas que obrigam às pessoas a abandonar os seus lugares de origem. Invassons, guerras e asfíxia económica provocadas polo capitalismo depredador obrigam às pessoas a fugir da Síria, do Afganistám, ou de diferentes países africanos. A SCD quere chamar a atençom sobre este fenómeno e defender a liberdade de todas as pessoas a traspassar fronteiras e o direito dos povos a se relacionarem em igualdade.
Sexta-feira: inauguraçom e Noite nas Minas
O XXIX Festival da Poesia começa na sexta-feira, 4 de setembro, ás 19:30. A primeira atividade será umha projeçom de curtas-metragens seleccionadas polo Cineclube de Compostela e que tenhem como fio condutor a imigraçom. Às 21:30 inauguram-se as exposiçons. O fotógrafo Xosé Quiroga traerá as suas imagens e experiência nos Centros de Internamento de Imigrantes. Gabriel Tizón, também fotógrafo, amosa a colecçom ‘Realidades Cercanas’. Por último, apresenta-se o projeto Videocartas Galiza-Berlín, sobre pessoas emigrantes filhas de galegos e galegas emigrantes retornadas.
Entrada a noite, às 22:30, começa a Noite nas Minas. Abre-a o poeta e tradutor Isaac Xubín, que recitará os textos do escritor basco Joseba Sarrionandia. As ideias da morrinha e do sentimento de pertença também estarám presentes, a través do tratamento do tema do exílio (situaçom na que se atopa o autor depois de fugir do cárcere). A parte musical estará protagonizada polo Cuarteto Caramuxo. As entradas 10 euros (8 para pessoas desempregadas) e podem reservar-se escrevendo a info@scdcondado.org ou ligando para o 646 959 587. Ao remate a animaçom continua no exterior das Covas de Dona Urraca: servirá-se um caldo verde e atuarám as Malfoliadas e o DJ Sutta Enki Dub.
Sábado cheio de atividades
O Festival da Poesia arrinca na manhá do sábado com um passa-ruas com o Coro Fuscalheiro, um Aberto de Bilharda organizado pola LNB (Liga Nacional de Bilharda) e a feira de coletivos e artesanato. Desde a manhá funcionará também o comboio de baixa velocidade.
Às 12:00 apresenta-se o projeto 'A vila é puro teatro', da associaçom As Brétemas de Ponte Areias, e ás 13:00 começa a Mesa Redonda sobre o tema das migraçons. Intervenhem o Xosé Quiroga (fotógrafo, falará sobre os CIEs), Susana Beatriz (do Foro Galego de Inmigración) e Víctor Echevarría (do coletivo de pessoas emigrantes Voltar à Terra).
Na tarde, o movimento volta às 17:00 com a Festa Infantil, na que Fran Amil apresenta 'Chuches Amil'. A seguir, Xurxo Souto falará do seu livro 'Contos do mar de Irlanda', onde trata outro jeito de migraçom temporal, o das pessoas embarcadas -desde as 18:00-. As atividades de tarde pecham-se com a projeçom, desde as 19:00, das curtas premiadas no Festival de Cans.
E às 20:00 inicia-se o prato forte do encontro: o Festival Poético e Musical. Apresentado por Esther Carrodeguas, abre-o Miguel Fernández, do Foro Galego de Inmigración, lendo o limiar que preparou para a Antologia Poética do XXIX Festival da Poesia. No apartado de poesia, a SCD do Condado contará com Alba Cid, Augusto Fontám, Alexandre Ínsua, Lara Rozados, Isabel Blanco-Rivas, Rosalía Morlán, Eduard Velasco e Mª José Fernández, ademais dos bascos Jon Benito e Xabi Borda e do português Alexandre Sá.
Também haverá presença portuguesa na parte musical, graças às Pega Monstro e ao duo de DJs que pecha o Festival da Poesia: os Irmãos Makossa. Antes, atuam Caxade, Ataque Escampe e os Festicultores.
