É sintomático que o pelouro da cultura da Cámara Municipal tivera que mudar a data da Feira Taurina, que foi sempre, desde que se implantou, umha das principais apostas das festas de Maria Pita, festas grandes do verao na cidade. Isto quer dizer que tal evento nom achava encaixe nelas nem conseguia remontar os graves problemas económicos que tinha, de facto já um bom número de empresas tenhem renunciado a organizar estes eventos.
O translado dos eventos taurinos ao mês de Outubro, responde ao intuito de atrair público procedente de outros lugares com maior tradiçom taurina, num momento em que a temporada taurina acaba de finalizar. Sendo a única feira taurina que se celebraria no Estado espanhol nessas datas, trataria-se de conseguir um deslocamento massivo de público de outras latitudes à Corunha.
Este é um novo intuito desesperado de implantar umha tradiçom alheia na nossa cidade, ainda quando inquéritos demostram que 70% da populaçom corunhesa é contra as touradas no município e quando umha ampla maioria da vizinhança é, também, contra de que a Cámara destine fundos públicos para subsidiar e proteger as touradas.
Comentários e declaraçons os meios de comunicaçom indicam que a persistência por cima de toda lógica em implantar na Corunha as touradas, além de ser umha piscadela aos lobbies mais reacionários da cidade, é umha batalha na que está implicado o empresariado taurino espanhol. Manifestaçons no sentido de reforçar as feiras taurinas na Galiza, agora que proibem as touradas na Catalunha, indicam o porquê de que depois de tantos fracassos se continue teimando em organizar este evento. É claro que os empresários taurinos pretendem aproveitar a quase nula consciência nacional do nosso povo para implantar umha festa que o chovinismo espanhol considera toda umha síntese da identidade espanhola, e ressarcir o dano económico que supom a nom realizaçom de touradas em território catalám.
Evidentemente nom ficaremos caladas/os ante o que a oligarquia galega já tomou como umha verdadeira cruzada; querem-nos converter à cultura taurina e nós resistimo-nos. Mas indo mais aló, também rejeitamos este espetáculo por bárbaro e cruel, principalmente com os touros, mas, também, com o resto dos animais implicados no ritual, por exemplo os cavalos dos picadores. É degradante presenciar tam só uns minutos desse horrível espetáculo, no que ao touro lhe pregam objetos punçantes até desangrá-lo, enquanto o enganam com um pedaço de teia. Nom queremos viver numha sociedade que aceite um rito tam macabro como modo de diversom ou como disciplina artística, como alguns pretendem que seja.
Por todo isto, manifestamos o nosso apoio à manifestaçom anti-taurina que terá lugar no dia 5 de outubro às 12h, com saída do Obelisco e chamamos a participar nela.
Contra o subsídio público à tortura animal!
Fora touradas da Corunha!
