De Stop Despejos queremos transmitir esta informação que nos parece uma forma simbólica para fazer um apelo à sociedade sobre a problemática dos despejos, concebida como uma ação para a denúncia social perante a escassa preocupação política, a hipocrisia imperante e a falta de soluções contra uma das problemáticas que mais preocupam o conjunto da população galega.
O telefonema, em tom humorístico, informava das declarações feitas pelo Menino Jesus. O afetado declarou compreender "perfeitamente que as ativistas estejam fartas e fartos de que as instituições públicas, neste caso a Câmara municipal de Compostela, não vão além das meras declarações retóricas sobre a problemática das pessoas despejadas e enganadas pelos bancos, quando as solução são simples". Segundo palavras da vítima do despejo, "partilho tim tim por tim tim as reivindicações da plataforma, estou farto também de que se malbarate o dinheiro de todas em encher a cidade de motivos de natal, ao tempo que cada vez mais vizinhos e vizinhas estão condenadas à fome e à miséria".
O coletivo garante a integridade material de um Menino Jesus que aparecerá ao longo dos próximos dias na cidade. Ao receber esta nova, o despejado assegurou que "temo o momento do regresso, vejo-me mais cómodo entre estes companheiros e companheiras que nas mãos de um governo irresponsável como o da cidade de Compostela".
Perante as suspeitas de um possível ato vandálico por parte de muitas compostelás, o coletivo assegura que "os principais vándalos são a Banca e os seus governos cúmplices, nós somos gente tranquila", ao tempo que se aguarda que o seu futuro regresso, ainda contra vontade do despejado, não seja um regresso à mediocridade e que os governos local e galego tomem medidas sérias para acabar com esta problemática, se bem em relação com dito pelo Menino Jesus "eu milagres não faço".