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240415 filgueiraGaliza - PGL - [Ernesto Vasquez Souza] Manhã de sol ainda na fresca. As amendoeiras saúdam a primavera com a sua elegância japonesa.


As cegonhas fazem tac-tac-tac e abrem devagar as asas brancas e pretas; marcando ativamente a sua presença nas torres das igrejas que a luz doura com certo escândalo. É intensa a primavera no canto dos passaros.

Percorro na chegada ao trabalho os jornais da Galiza, algum blogue e perpasso, pela primeira vez as redes sociais, que me acompanharão, entre pausas, a jornada inteira, fazendo a cotio, menos tedioso o trabalho.

Impressiona, já é abril andado e quase ninguém fala, escreve, comenta ou critica, nem para mal, de Filgueira Valverde.

Esmoreceu mesmo a indignação que nos primeiros dias acompanhou a designação. Apenas alguma resenha avulsa, algum eco nos jornais conservadores onde o galego vai entre aspas e informação sobre as raras edições. Destacam “Os nenos” pelo Conselho da Cultura, edição fac-símile e ilustrações luxo, numerada e “Quintana Viva” em Galáxia, ad usum Delphini. Escassos artigos, antes notas e anedotas, os mais em páginas pessoais, nenhum estudo ainda, reedições sem prólogos, anuncio apenas de uma única biografia por Xesús Alonso Montero. Mas e as antologias, livros divulgativos, epistolários, biografias, congressos, estudos, debates… u-las, u-los?

O pessoal está a passar de Filgueira Valverde e do Dia das Letras dum jeito sem precedentes nos últimos anos. Estamos bem perto de maio para qualquer estratégia editorial e não vejo já nem polémicas. Acho que é, assim sendo e não é apenas a minha sensação, um “feito” cultural que merecia ser destacado.

É muito significativo, porque não é por causa da crise no mundo editorial galego. Parece que a gente se envolveu entre os lenços de silêncio, desdenhando uma primavera mais que deveria ter sido necessariamente alegre e esperançada, as circunstâncias exigiam.

Haverá que ver o que fazem em maio nos colégios, liceus e nas Instituições, porque o gélido silêncio parece evidente resposta, mesmo para quem está afeito a não querer ouvir.

E, menos mal que nos queda… o 25 de Abril.


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