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180512 susBrasil - Brasil de Fato - Com o enredo "SUS Tentar a Diferença: Saúde não se Vende, Gente não se Prende", Escola de Samba Liberdade Ainda que Tam Tam realiza desfilou nesta quinta feira


O Fórum Mineiro da Saúde Mental realiza nesta sexta-feira (18), Dia Nacional da Luta Antimanicomial, a partir das 14h uma manifestação em Belo Horizonte (MG) em defesa da saúde como um direito universal e como um dever intransferível do Estado. A Escola de Samba Liberdade Ainda que Tam Tam, impulsionada pelo movimento de luta antimanicomial, participará do protesto com o enredo "SUS Tentar a Diferença: Saúde não se Vende, Gente não se Prende".

Marta Soares, integrante comissão organizadora e da gerência do Centro de Convivência São Paulo, explica que a manifestação político-cultural quer provocar o pensamento das pessoas em relação à loucura, entendendo os manicômios como forma de segregação. "Temos um movimento social organizado, que utiliza deste formato, a festa mais popular do Brasil, para se fazer política".

Tradicionalmente o Dia da Luta Antimanicomial é marcado por um desfile, em formato de escola de samba, pelo centro de Belo Horizonte. Há 14 anos consecutivos a Liberdade Ainda que Tam Tam sai pelas ruas da cidade defendendo a reforma psiquiátrica antimanicomial. Em 2012, seis alas vão compor o desfile. A manifestação irá revisitar a história para reafirmar o direito à vida em plenitude e sustentar os princípios do SUS, considerando seu conceito amplo como direito a trabalho, lazer, moradia e cultura.

Além de trabalhadores, usuários e familiares dos serviços substitutivos em saúde mental, o Fórum Mineiro da Saúde Mental é composto pela ASUSSAM (Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais) e representantes de conselhos de classes. Participam também representantes de movimentos sociais, culturais e outras organizações da sociedade civil.

Olha o Deizotão aí gente!

Em 2012, seis alas vão compor o desfile-manifestação da escola Liberdade Ainda que Tam Tam. Com o tema "Era uma Época Pouco Engraçada, não tinha SUS não tinha Nada", o abre alas do desfile contará a história da saúde no Brasil e das lutas populares na construção da cidadania.

"A Gente não quer só Remédio, a Gente quer Remédio, Diversão e Arte" vem logo depois, mostrando o paradoxo entre o avanço da medicina, que é altamente tecnológica, mas insuficiente para atender a demanda do ser humano. A ala homenageará as invenções do SUS nos serviços que ampliaram o conceito de saúde para além dos princípios sanitários, como o PSF (Programa Saúde da Família).

A terceira ala é das crianças e adolescentes. A discussão é que a saúde implica a diferença e singularidade. "Não quero ser Selado, Avaliado, Ritalinado, Aprisionado pra Poder Voar" mostra que todas as estratégias de aplicação de regras que massificam e igualam a infância, juventude e adolescência, negam esta ideia.

Outra ala é da loucura, tradição nos desfiles da Liberdade Ainda Que Tam Tam. "SUS pirado? Pandecer no Paraiso!" reafirma o Sistema Único de Saúde, com todos os seus avanços e conquistas, reivindicando mais financiamento e melhor gestão.

A ala "É Tempo de não mais se Contentarem com essas Gotas no Oceano" será uma reverência aos trabalhadores da saúde, protagonistas no processo de construção e consolidação do SUS, bem como suas entidades representativas, sindicatos e conselhos de classe, presentes e atuantes nos fóruns de controle social.

Já a última ala traz como tema a liberdade, propondo uma reflexão acerca desse valor ou condição da existência plena. "Sem Saber que era Impossível, Ele foi e Fez" discute o crescimento da liberdade enquanto conquista da cidadania, lutando por uma cidade sem muros, reias ou imaginários.

Desde janeiro, o movimento da luta antimanicomial vem se reunindo para organizar a manifestação. "O processo de construção é mais bacana do que o resultado na avenida, pois é aberto, democrático e coletivo", explica Marta Soares. Ela conta que uma comissão organizadora elabora a proposta de um tema eixo, que será trabalhado nas alas da manifestação.

Uma vez decidido, o tema é divulgado junto à rede de saúde mental para que as pessoas produzam seus sambas. As músicas são apresentadas em um concurso e uma comissão de jurados, formada por produtores culturais e artistas, define qual será o samba ganhador. No mesmo concurso são escolhidos mestre sala, porta bandeira, rainha e princesa da bateria, todos estes usuários da saúde mental. Este ano o concurso aconteceu no dia 14 de abril, no Centro Cultural Lagoa do Nado, e o samba campeão foi "Pandecer sem jamais Perder a Ternura".

Dia Nacional da Luta Antimanicomial

No ano de 1987, durante o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental na cidade de Bauru (SP), o Movimento da Luta Antimanicomial escolheu no calendário nacional uma data para reafirmar a luta "por uma sociedade sem manicômios". Ficou estabelecido o dia 18 de maio como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

Desde então, Belo Horizonte provoca a reflexão sobre o lugar social colocado para a loucura, intervindo na cena pública e pautando a inclusão social do portador de sofrimento mental. "O dito louco é um cidadão com direito a trabalho, lazer, cultura, educação", reivindica Soares.

Em 1997, aconteceu pela primeira vez na cidade a manifestação político cultural no formato de carnaval e assim vem acontecendo até os dias de hoje. De forma lúdica, sensível e crítica, a Escola de Samba Liberdade Ainda que Tam, Tam, mobiliza Belo Horizonte e outros municípios, como Betim, Ribeirão das Neves e Ipatinga.

São Paulo

Na capital paulista, manifestantes se concentram às 13h no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista. De lá, caminham até a Secretaria de Estado da Saúde, onde cobram respeito aos direitos dos usuários da rede de saúde mental e o fim da privatização do SUS.

Com informações do site Fórum em Defesa do SUS Minas Gerais


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