Eles chegaram a bloquear por algum tempo os dois sentidos da avenida em frente à unidade. Também estenderam faixas brancas que compunham a expressão "S.O.S HU" e se deitaram no chão vestidos de preto para representar luto.
A estudante Vanessa Mendes disse ao jornal da Associação dos Docentes da UFRJ (Adufrj) que falta água no prédio e que, dos oito elevadores, somente dois funcionavam. Estes, no entanto, estão parados há cerca de duas semanas.
Os manifestantes ressaltaram que a situação prejudica o atendimento à população e compromete o trabalho dos profissionais do hospital. Os estudantes reivindicam, entre outras coisas, um maior número de leitos. Apesar de a direção do hospital afirmar ter 271 leitos abertos, os discentes questionam o número e avaliam que apenas cerca de 200 podem ser utilizados.
Em nota, a direção do hospital universitário da UFRJ respondeu afirmando que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) seria uma das soluções para o problema. Além disso, destacou as obras de reparo em quase todos os andares do prédio. O texto afirma também que, mesmo com o compromisso do Ministério da Educação (MEC) para construção de um novo HU até 2017, não serão resolvidos "os problemas atuais e urgentes do hospital".
No entanto, durante a manifestação a diretora da Adfrj, professora Fátima Siliansky, observou que o sucateamento da saúde pública faz parte de um projeto dos últimos governos. Ela é contra a proposta de contratação da Ebserh, órgão criado pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. Segundo Fátima, esta política permite a terceirização da administração de hospitais públicos.