Foto: Com idade entre 13 e 16 anos, gandulas passam por treinamento para trabalhar nos jogos em Pernambuco.
Para o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, trata-se de retrocesso social, que contraria o Decreto nº 6481, de 12 de junho de 2008, por meio do qual o governo brasileiro ratificou artigos da Convenção 182 da Organização Internacional de Trabalho (OIT), que tratam do veto a diferentes formas de trabalho infantil.
O artigo 3º da convenção desaprova a contratação de crianças para "trabalhos que, por sua natureza ou pelas circunstâncias em que são executados, são suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança". E o artigo 4º: "Os tipos de trabalho a que se refere o artigo 3º serão definidos pela legislação nacional ou pela autoridade competente, após consulta com as organizações de empregadores e de trabalhadores interessadas, levando em consideração as normas internacionais pertinentes, particularmente as Recomendações sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil".
A atividade de gandula está presente na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os riscos que a atividade oferece a crianças e adolescentes vêm sendo discutidos com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e entidades regionais que organizam o futebol brasileiro desde 2004. Desde então é recomendada a idade mínima de 18 anos para o exercício da função. Para o próximo dia 10 de junho, o fórum planeja o lançamento da campanha Cartão Vermelho para o Trabalho Infantil.
Com informações da Rede Brasil Atual.