Quando a via pela repressão, ou seja, o uso da polícia não funciona ou não é mais tolerada, o patronato apela para o poder judiciário, que acaba em muitas vezes decretando estas como ilegais e proibindo as demais de acontecerem.
Trabalhadores da construção civil das obras do PAC – Programa de Aceleração de Crescimento do Governo Federal - da Usina Hidrelétrica de Jirau, localizada no estado de Rondônia, fizeram no ano passado uma greve contra as péssimas condições de trabalho e a escravidão no canteiro de obras. A Força Nacional de Segurança foi enviada pelo governo Federal para reprimir a greve e 28 trabalhadores foram presos e estão sendo julgados como criminosos. Trabalhadores desaparecidos, vistos pela última vez nas mãos da polícia, foram considerados foragidos, quando na realidade são desaparecidos políticos.
A mesma coisa ocorre em todos os canteiros de obras do PAC, onde a situação de trabalho é a pior possível e a repressão cada vez maior.
Nos bancos, dezenas de trabalhadores foram demitidos apenas por fazer parte do movimento sindical. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica e os bancos privados instauraram um verdadeiro regime ditatorial nos setores bancários.
Além das demissões, a forma de perseguição ao movimento operário mais comum tem sido a intervenção do judiciário nas greves.
No Brasil, realmente está proibido fazer greve. Já são dezenas os casos de categorias que tiveram seu direito de greve atropelado pelo Poder Judiciário. Nos Correios o Tribunal Superior do Trabalho vem intervindo nas greves, impondo derrotas aos trabalhadores.
Em algumas categorias, como os metroviários, o judiciário chegou a estabelecer que 100% da categoria deveriam trabalhar o que em si já em um ataque ao direito de greve.
Com informações do Jornal Causa Operária.