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231112 PMBrasil - PCO - O formato das execuções conduzidas por policiais militares segue o modelo adotado pelos esquadrões durante a vigência da Ditadura Militar


A onda de mortes em São Paulo somou mais 11 vítimas na madrugada do úlitimo domingo. O estilo das execuções não deixa dúvidas, estão nas ruas os Esquadrões da Morte. A maioria das vítimas da cidade São Paulo foi executada sem maiores problemas ou investigações. Os assassinatos ocorrem com o aval e incentivo do governo de Geraldo Alckmin. São pessoas que estão em determinado local da cidade, geralmente em bares, à noite, quando uma dupla ou um grupo passa de carro ou moto e efetua diversos disparos contra todos que lá estão. Dois fatos estão comprovados. O primeiro deles é que já foi feita a denúncia de que os policiais estão executando pessoas depois de consultarem suas fichas, o que transforma policiais em juízes e a pena de morte em lei.. O segundo fator é que outra parte das pessoas executadas não possuía qualquer passagem pela polícia, tão somente estavam num local e foram assassinadas por pessoas desconhecidas. Esse modus operandi é típico dos famosos esquadrões da morte, que tiveram seu auge durante a ditadura militar, nos anos 60. Em São Paulo o militar conhecido por ter inaugurado essa prática se chama Astorige Correa de Paula e Silva, "Correinha", que foi um policial civil do estado de São Paulo na década de 1960, quando liderou o chamado "Esquadrão da Morte paulista". Este cidadão conseguiu ser preso em plena Ditadura Militar por "desrespeitar os direitos humanos" durante suas atividades policiais. Outro responsável por desenvolver as execuções sumárias cometidas por policiais foi Sérgio Paranhos Fleury. Ele foi aproveitado pela ditadura militar para, como delegado da Ordem Política e Social (Dops), torturar e matar os que se colocaram contra ditadura. O delegado Fleury, por exemplo, foi o responsável pelo fuzilamento e morte, em rua da capital de São Paulo, de Carlos Marighella. Essa formação policial, existente em cada batalhão de polícia, segundo depoimentos de ex-militares, serviu basicamente para perseguir militantes de esquerda durante a ditadura militar e, com democratização do país, serve para executar "suspeitos" de práticas delituosas, "limpar" os grandes centros e realizar trabalhos particulares para empresários e para gente do próprio governo. Os esquadrões da morte se espalharam pelo Brasil. Praticamente todos os estados da federação possuem relatos da existência deste tipo de destacamento da polícia ainda nos dias de hoje. Esses grupos são uma das formas de agir da polícia, ou seja, são grupos financiados para fazer o que muitas vezes a polícia não consegue fazer abertamente, como é o caso das execuções deste ano. Esta realidade está colocada na cidade de São Paulo nesta nova "onda de mortes". Tanto é assim que a folha encomendou pesquisa para saber se as pessoas eram contra a existência de grupos de extermínio, numa clara demonstração de apoio à ação dos esquadrões da morte. Não se trata de opinião de leitores. A ação da polícia em São Paulo está longe de se pautar pela lei. Estão matando quem estiver em seu caminho e para tanto justificam como combate ao tráfico de drogas. O que antes era "combate aos comunistas terroristas" hoje é o combate ao tráfico de drogas. A polícia é a mesma e segue os mesmos parâmetros dos anos de chumbo. Essa é a realidade que imprensa burguesa não quer denunciar, pelo contrário, resolvem fazer campanha pela existência e atuação dos grupos de extermínio. Está claro que a "onda de mortes" em São Paulo é o resultado de um conflito entre sócios, entre a Polícia Militar e o crime organizado, e que soltou dos porões os esquadrões da morte num plano para reprimir a população da periferia. É necessário denunciar a matança que está sendo organizada por grupos de extermínio sob a cobertura do estado e do governo paulista, que além do poder que deram as policias para matar, incentivam a ação de "esquadrões da morte" para colocar toda a população negra, pobre e trabalhadora em estado sítio.


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