Foi anunciado nesta terça-feira (2), pelo coronel Erir Ribeiro, que a Polícia Militar do Rio de Janeiro vai colocar 30 mil policias para fazer patrulhamento nas eleições. A ação começará na tarde de sábado e se estenderá até o final de domingo.

Segundo o coronel, as Forças Armadas irão agir nos locais onde o tráfico e milícias têm mais influência. Nos demais locais, o policiamento será feito pela PM. O Rio terá 3 mil membros do Exército e Marinha nas favelas. Serão mais de 140 cidades com a presença das Forças Nacionais.

A grande presença de militares nas ruas de uma das principais cidades do país demonstra a preocupação em manter o controle das eleições. No Rio de Janeiro, a situação é ainda mais complicada, devido à ocupação militar ostensiva nas favelas, que também começou através do Exército e hoje se mantém com as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

Além das eleições, o Exército também tem sido usado para manter o controle das comunidades operárias, como foi o caso da ocupação do morro do Alemão. Além de usar esta instituição para atacar movimentos grevistas.

As Forças Nacionais foram levadas para acabar com a greve dos trabalhadores da construção da Usina de Jirau e agora o governo pretende impor uma lei que permita usar o Exército nas greves de setores tidos como de "interesse nacional".

Na verdade, o que se coloca em questão é o aumento do controle do Estado capitalista sobre a população. O objetivo é tentar impedir o ascenso revolucionário que se insinua e que tende a se desenvolver diante dos ataques às condições de vida dos trabalhadores que a atual crise deve impor ao governo.