Os batalhões do Comando de Operações Especiais e a Tropa de Choque fizeram uma operação na manhã desta terça-feira (18) na favela da Rocinha. Este é o começo da implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) que será implantada oficialmente na quinta-feira.
Segundo a Polícia Militar, o objetivo da incursão é de apreender drogas e armas além de prender pessoas ligadas ao crime, entre elas, Ronaldo de Azevedo, acusado de matar um policial na última quinta-feira. No entanto, só foi anunciada a apreensão de motos com documentação atrasada.
Esta será mais uma comunidade que ficará sob estado de sítio no Rio de Janeiro. Com esta serão 33 comunidades controladas através das UPPs que contam com cerca de 280 mil pessoas.
Na mesma manhã, uma criança foi ferida durante suposta troca de tiros entre policiais da UPP da Vila Cruzeiro e traficantes. A menina de 10 anos foi ferida na perna, mas não se sabe ainda de onde veio o disparo.
Este projeto tem como objetivo manter o controle da população pobre e expulsá-la da região central da capital. As UPPs também estão servindo de modelo para outros estados que implantam projetos com o mesmo objetivo, como é o caso das bases comunitárias na Bahia e as Unidades Paraná Seguro.
Fica claro que o intuito das bases não é acabar com o tráfico de drogas ao se observar a permanência do mesmo nas favelas já ocupadas. Outro fator que leva a crer que o interesse é econômico é a participação financeira do milionário, especulador e empresário, Eike Batista, na construção de uma das bases.
Para que a segurança da comunidade seja realmente garantida, é preciso que os próprios moradores tenham a liberdade de se organizarem. Só assim é possível acabar com os abusos do tráfico e do Estado, através da PM.