Segundo a versão dada pelos próprios policiais, após pararem o carro, os "bandidos" desceram e atiraram contra os militares que revidaram, atingindo um dos suspeitos na perna.
O jovem baleado, de 17 anos, era o único menor de idade entre os presos e nenhum deles tinha passagem pela polícia. Os quatro irão responder por latrocínio, por além de roubar o carro, supostamente, terem tentado matar os policiais.
Na noite do mesmo dia, após o vídeo circular pela mídia, a Polícia Militar decretou a prisão do policial que disparou e disse que haverá investigação para saber se os outros militares que participaram foram coniventes com a atitude.
A operação é típica da PM, de fraudar cena do crime, executar jovens e tortura-los de diferentes formas, com o único objetivo de demonstração de força. Mas poucas vezes são apuradas já que a mesma instituição que comete o crime, também o apura e desta vez, só foi possível constatar a atrocidade feita pelos policiais devido à gravação de um vídeo por um morador da região.
A instituição e a mídia burguesa procura passar a situação como de uma "banda podre" da polícia e que responsáveis devem ser punidos, mas isso é uma política clara da PM. De tempos em tempos surgem denúncias de ações similares, como aconteceu na semana passada em que dois homens foram executados no Morro do Andaraí por policiais da UPP.
Estas denúncias devem ser desmascaradas, não como ação de um grupo corrupto da PM, mas como uma ação comum aos membros da instituição que deve ser extinta. As polícias militares são típicas de ditaduras militares e carregam várias características ditatoriais, como o uso ainda comum das execuções e torturas.