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policia a balear povoBrasil - PCO - Após o ataque que deixou uma policial morta, 18 pessoas já foram presas e pelo menos duas mortas; a polícia se opõe a uma maior investigação sobre o caso.


Na noite da segunda-feira, dia 23, aconteceu um ataque à base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Nova Brasília que terminou com a morte da policial Fabiana Aparecida de Souza, de 30 anos. O caso deixa claro como o tráfico de drogas é usado como bode expiatório para a ação repressiva da polícia militar contra a população trabalhadora e pobre.

Devido ao ataque 18 pessoas foram presas, e pelo menos duas mortas, por serem suspeitas de fazerem parte do ataque. Alguns dos presos são traficantes que se entregaram, como Régis Eduardo Batista que também é suspeito de ter feito parte do ataque a um helicóptero da polícia há três anos. No entanto, não é certo que todos os presos têm alguma ligação com o tráfico.

Além desses 18 presos, houve também a prisão de um homem que, supostamente, teria comemorado o ataque no facebook. Tal detenção, alegando apologia ao crime, na verdade se resume a um ataque à liberdade de expressão e é natural que a comunidade se expresse contra a presença da polícia nos morros, uma vez que ela só serve para reprimir a população negra e pobre.

Os suspeitos mortos, supostamente teriam tido um suposto confronto com a polícia, mas segundo os moradores, eles foram executados e a polícia implantou armas neles. Ednilson da Conceição, de 21 anos e Jean Marlon Alves Vieira, 18 já teriam sofrido uma abordagem pela polícia no mesmo dia, por volta das 18h do dia 26, e três horas mais tarde foram encontrados novamente pelos policiais que, desta vez, foram executados.

A mulher de Ednilson disse ter visto toda a ação da polícia e ainda denuncia a perseguição que seu marido sofria. “Vi meu esposo tentando se defender enquanto os policiais atiravam. O PM ainda tirou uma arma do bolso e colocou na mão dele. Depois, guardou a arma em um saquinho para servir como prova. Foi tudo armado para parecer bandido. Os policiais não gostam dos meninos da favela, e sempre perseguiram o grupo do meu marido” (odia.ig.com.br).

Após as execuções, vários moradores foram até o local, mas os policiais não deixaram ninguém chegar, ameaçando-os com armas e com spray de pimenta. Os policiais só saíram quando perceberam que os jovens já estavam mortos ou não iriam resistir. No hospital, vários moradores se manifestaram contra a ação da polícia e novamente foram ameaçados.

A versão da polícia fortalece ainda mais a acusação de execução, de tão absurda que é. Segundo os policiais, eles estavam fazendo a patrulha na região e, quando Ednilson e Jean os viram, começaram a atirar e um soldado, com apenas um disparo, acertou os dois. Os médicos disseram que ambos foram acertados com tiros de fuzil, sendo Jean, um tiro na cara e Ednilson, na nuca.

A morte dos dois jovens é o primeiro caso registrado após o ataque à UPP, mas deve haver outros casos. A evolução desta repressão por parte da PM deve resultar em um massacre nas favelas cariocas, assim como tem ocorrido em São Paulo, em resposta à morte de policiais.

Em razão da morte da policial, a presidenta Dilma Rousseff se pronunciou em homenagem a ela e a chamou de heroína, mas nada deve falar a respeito da morte dos jovens, uma vez que a acusação, mesmo que arbitrária, de envolvimento com o tráfico de drogas e ao ataque ainda seria justificativa para tais execuções.

A oposição das comunidades às bases de polícia “pacificadora” é cada vez mais clara, apesar da mídia tentar esconder e caluniar como ações incentivadas pelo tráfico de drogas. Mas o combate ao tráfico é apenas uma fachada para reprimir a população pobre, expulsando-a das comunidades nas regiões centrais do Rio de Janeiro para entregar estes locais à especulação imobiliária. A ligação entre o traficantes e policiais é a prova de que o combate ao tráfico é uma mentira.

É preciso que a população pobre se organize para denunciar os ataques da PM e combater a presença dela dentro das favelas e o fim de tais organizações típicas de ditaduras. Os únicos que podem garantir a segurança são os próprios trabalhadores e não o Estado que age sempre em favor da classe burguesa.


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