A presença da senadora evangélica Marina Silva no PV foi suficiente para fazer o partido mudar seu programa. Agora é a vez do PSB.
Em 2010 Marina repetiu o feito de Heloísa Helena (Psol) em 2006 e foi a propagandista da campanha contra o direito ao aborto nas eleições. Nessas mesmas eleições Dilma Rousseff e foi cercado pela Igreja Católica que conseguiu a capitulação do PT e um acordo para que, caso fosse eleita, não mexeria na legislação a fim de atender as reivindicações das mulheres de legalização do aborto.
A vez de Eduardo Campos e do PSB
O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência Eduardo Campos (PSB) que é a alternativa à direita ao candidato oficial que é Aécio Neves, do PSDB, aproveitou o feriado de páscoa para acertar os ponteiros da sua campanha com a hierarquia da Igreja Católica.
Após participar da missa em Aparecida, interior de SP, conversou com os jornalistas e não se "Como cristão, como cidadão e pai de cinco filhos, a minha vida já responde essa pergunta" e qie "A campanha (à Presidência) deve ter no seu programa posição clara sobre essa questão (aborto)".
"Acho que a legislação brasileira já é adequada do ponto de vista da legislação". Segundo o site Brasil 247 Após a cerimônia, Campos e a família seguiram para a residência do arcebispo de Aparecida onde tomaram um café.
Outro que compareceu à "celebração católica" foi o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o ministro da Saúde Alexandre Padilha, que não fez declarações à imprensa. Mas o PT é conhecido pela capitulação à direita especialmente quando o tema é o direito democrático das mulheres.
A maneira como tratam os direitos femininos é o primeiro sinal como determinado partido, ou governo trata questões políticas mais gerais, em especial os direitos dos trabalhadores e as questões de interesse nacional.
O compromisso que Campos primeiro selou com a evangélica Marina Silva e agora vai selando com a Igreja Católica não deixa dúvidas quando caráter direitista de sua candidatura que deve ser denunciada e repudiada pelas mulheres e por todos trabalhadores.