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130713 fhc e bushBrasil - PCO - Nesta semana, veio à tona o esquema de espionagem do governo dos EUA contra grande parte dos países, de acordo com documentos revelados pelo ex-agente de inteligência, Edward Snowden. Milhões de telefonemas, e-mails, viajantes e até mesmo os satélites eram foco da espionagem promovida pelas agências NSA e CIA.


Dentro deste esquema, de dar inveja até ao "Grande Irmão", de George Orwell, o Brasil é o país mais vigiado, ficando atrás apenas do próprio Estados Unidos. Isto se dá pela importância e o papel estratégico do país e pela dificuldade que as agências possuem em espionar países como a China, cujo governo é fechado. Assim, os EUA usam o Brasil como meio para pegar informações de vários países do mundo.

Diante desta grave denúncia, pouca coisa foi feita pelo governo brasileiro. A presidenta da república, Dilma Rousseff, apenas pediu explicações a Obama e ameaça levar o caso à ONU. O Senado criou uma CPI para investigar o caso e a Câmara dos Deputados escreveu uma moção de repúdio à espionagem norte-americana no país.

Na última terça-feira, dia 9, cerca de cem deputados federais não repudiaram o esquema de espionagem norte-americano no Brasil. Destes, 86 votaram abertamente contra a moção de repúdio, 12 se abstiveram e um não votou. Todos estes deputados são de partidos de direita, como o DEM, o partido herdeiro direto da ditadura militar, o PMDB, de Sarney, partido ligado às oligarquias que apoiou a ditadura, o PSD, de Kassab, o PP e o PSDB, de Alckmin, Anastasia e FHC, que estava no poder à época dos documentos divulgados.

Do DEM (antigo PFL), 20 dos 23 deputados votaram contra a moção, do PSD, também 20, dos 32 deputados, do PP 17 dos 24, entre eles o militar Jair Boslonaro, do PSC, 8 de 10 deputados. Membros de outros partidos, em menor número, também foram contra. No caso do PSDB, em que 4 votaram contra e 10 se abstiveram, a maioria dos líderes se absteve, como Mendes Thame, Duarte Nogueira e Eduardo Azeredo.

Estes deputados mostraram sua verdadeira cara, são pró-imperialistas e golpistas. A denúncia revela o maior esquema já conhecido de espionagem, em que o Brasil é um dos principais alvos e estes políticos não são a favor de sequer aprovar uma moção de repúdio.

Não é surpresa, no entanto, que políticos ligados à ditadura militar e ao PSDB apoiem a espionagem dos EUA em solo brasileiro. O próprio golpe militar de 64 foi articulado com o claro apoio imperialista, contando inclusive com reforço, caso houvesse resistência. O governo das privatizações, de FHC, também contou com o apoio norte-americano, sendo justamente neste período que é registrada a existência da espionagem de satélites a partir da embaixada estadunidense em Brasília.

Quando o PSDB deixou o poder, a articulação com os membros das embaixadas não deixou de ocorrer. À época da eleição de 2010, a equipe de Serra se comunicava com o consulado dos EUA para determinar até mesmo quem seria o candidato à vice de sua chapa, como denunciou o Wikileaks.

Se agora estes deputados deixam claro seu apoio à espionagem do imperialismo a todos os países do globo e tendo como principal alvo o seu próprio país, o que fazem por trás das cortinas deve ser muito pior. Há uma clara organização da direita com intenções golpistas no país e certamente estes grupos têm o apoio do governo dos EUA e sua espionagem.

Documentos divulgados, também pelo portal de Assange, mostram a relação dos golpes de estado no Paraguai e em Honduras e a articulação em outros países, como o Equador e a Venezuela, com o governo dos EUA.

Com o aprofundamento da crise capitalista, as medidas repressivas e de controle sobre a população chega a níveis absurdos, colocando em xeque qualquer caráter minimamente democrático. A direita, com isto, ganha um caráter cada vez mais fascista, na tentativa de conter a tensão revolucionária. A posição destes deputados, neste sentido, é só mais uma expressão deste caráter fascista da direita brasileira.


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