Ávila desempenhava um trabalho como relacionador público da Associação Kukulcán, organização defensora dos direitos humanos, em especial da comunidade Lésbica, Gay, Bissexual e Transexual (LGBT), dirigente da organização política Los Necios e candidato a prefeito pelo Partido Libertad y Refundación (Libre).
Segundo um informe preliminar, seu cadáver foi encontrado às 7h da manhã, vestia uma calça jeans azul, uma camisa verde e calçava um tênis estilo Converse de cor preta, quando moradores do setor deram o aviso às autoridades.
O corpo do jovem foi trasladado ao necrotério de Tegucigalpa, onde foi entregado em qualidade de desconhecido, pois não portava seus documentos pessoais.
Nos últimos três anos, 23 comunicadores sociais perderam a vida em Honduras, convertendo o país em um dos mais perigosos para o exercício desta profissão.
Também havia sido eleito como aspirante a deputado pelo departamento de Francisco Morazán pela corrente Fuerza de Refundación Popular (FRP), do Partido Libertad y Refundación (Libre), surgido da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), que foi criada após o golpe de Estado ao então presidente Manuel Zelaya em 2009.
Fontes policiais indicaram aos meios de comunicação locais que ao realizar o levantamento do cadáver não se determinou a causa da morte, já que a vítima não apresentava feridas, nem golpes. Entretanto, logo se conheceu que a morte se deu por "asfixia por estrangulamento".
Antes de Ávila, o caso mais recente havia sido o Fausto Elio Hernández, de 54 anos, que em março foi atacado com machadadas na localidade de Sabá, a 600 quilômetros ao nordeste da capital.
A CNDH anunciu meses atrás que em 2011 se registrou em Honduras o índice de homicídios mais alto do mundo, com 86 pessoas assassinadas para cada 100 mil. Em 2010, a cifra foi de 82. A mesma Comissão calculou que nesta nação centro-americana se produz uma morte violenta a cada 74 minutos.