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070813 psol banBrasil - LSR-CIT - [Mariana Cristina] Os milhares de pessoas que tomaram as ruas de mais de 500 cidades do país mostraram que o povo não se contenta com as migalhas do "Brasil grande", mas exige qualidade de vida, saúde, educação, moradia, etc.


A luta de classes está se reconstruindo, após anos sem grandes movimentos de massa! Devemos estar preparados para intervir neste período histórico fortalecendo a organização da classe trabalhadora e disputando os rumos do movimento, com um programa político claro e estratégia de poder. Para isso o PSOL precisa tirar lições dos antigos erros e evitar novos, superando desvios oportunistas e pressões institucionais!

O PSOL é um partido necessário, mas este processo de reorganização da esquerda ainda está aquém das tarefas que este momento histórico impõe. A crise de representatividade é um reflexo da frustração com o sistema político, com os partidos burgueses que governam para os ricos, mas também da ausência de partidos, movimentos e sindicatos que sejam ferramentas de luta da classe trabalhadora! Entender isso nos coloca a tarefa de reconstruir as alternativas de luta da esquerda, não tentar "inventar a roda", mas aprendendo com os erros e com a história e não começando do zero.

Por isso o PSOL precisa se diferenciar dos partidos burgueses construindo as lutas no dia a dia, aparecendo como protagonista deste ascenso de massas e não como um partido que só aparece em época de eleição! O governo está tentando cooptar o movimento com falsas promessas e desviar suas bandeiras de luta, apresentando a pauta da democracia como a principal. O plebiscito sobre a reforma política desvia o foco do debate, pois não é a pauta mais importante para o povo. O papel do PSOl é desmascarar as mentiras do governo. A proposta apresentadas pelo governo não rompem com a política social e econômica que desenvolviam antes das manifestações, que privilegiam as empreiteiras, construtoras, as corporações e o grande capital.

Para isso a militância aguerrida do PSOL deve estar atenta aos riscos que corremos, para estarmos a altura dos nosso novos desafios enquanto um partido socialista, como: cair no desvio oportunista de querer cumprir o papel da "esquerda do PT", o disputando por dentro; ou sucumbindo as pressões eleitoreiras, priorizando a disputa institucional, desta forma rebaixando o programa e fazendo aliança com partidos burgueses; e/ou se camuflar nas massas e sucumbir a tarefa de apresentar o PSOL como uma ferramenta de luta coletiva viável, se limitando a disputar a pauta pelos movimentos, para não se desgastar ao se apresentar como partido e ganhar pessoas para as correntes.

O senador do PSOL no Amapa, Randolfe Rodrigues tem tomado medidas por cima dos princípios, das deliberações e das instâncias do partido que o aproximam muito mais da ala "esquerda" do PT do que da política do PSOL. No senado Randolfe aderiu a base do governo, com um argumento burocrático, nos distanciando do lugar de oposição política ao governo. Nas últimas eleições o tempo de TV do PSOL Belém foi cedido a figuras públicas do PT, como Lula, Dilma, Mercadante para defenderem as políticas do governo federal, em troca do apoio do partido ao Edmilson Rodrigues, candidato a prefeito da cidade. Nos últimos dias vimos esta "cena" se repetir, o senador Randolfe foi se reunir com a presidenta Dilma, mesmo a executiva do PSOL tendo deliberado que o partido não sentaria com a presidenta para legitimar a sua farsa. Estas posturas descaracterizam o PSOL e rompem bruscamente com a concepção de partido do PSOL das origens, de oposição a esquerda do governo e voltado para organizar as lutas sociais.

A pressão institucional é outro risco que corremos. Na medida em que o PSOL cresce também crescem os oportunistas querendo se candidatar por uma legenda limpa. A ascenção nas lutas junto com a queda de popularidade dos governantes tanto do PT quanto do PSDB, irão abrir muitas possibilidades nas próximas eleições para o PSOL no ano que vem. Queremos parlamentares que sejam a voz do povo no parlamento, mas estes devem refletir a construção nos movimentos sócias, nas lutas e não ao contrário. Não podemos cair na pressão de eleger a qualquer custo, ou usar o movimento como "trampolim" para a construção de figuras públicas com viabilidade de serem eleitas. Erros como o que vimos no Amapa, aonde Clecio recebeu apoio do PSB, DEM e PSDB, não podem ser aceitos pelo conjunto do partido. Exigimos independência de classe e vínculo direto com as lutas cotidianas.

Também avaliamos como um enorme erro o imobilismo de correntes do PSOL diante este Ascenso de lutas. Apoiadas na justificativa de que o povo não quer lideranças e propostas prontas essas correntes se eximem de disputar a consciência dos jovens, ao invés de aumentar a politização e a consciência de classe, se adapta ao baixo nível deles.

A construção de assembléias populares, como ramificações das plenárias e Fóruns que estão construindo as lutas pelo Brasil, será um passo importante para a continuidade do movimento de forma organizada e coletiva. Após essa experiência cotidiana a nova vanguarda que começa a militar neste período terá uma outra visão dos partidos de esquerda, distinta da imposta pela mídia!

Nossa luta está só começando e é tarefa dos socialistas que estão no PSOL construir o partido como uma alternativa de luta, com condições de disputar o poder através da organização da luta das massas. Precisamos de um partido com instâncias coletivas, construído pela base, com núcleos, plenárias e cursos de formação política regionais! Os parlamentares devem seguir as políticas construídas coletivamente, pela base e não o contrário, como vemos hoje. As lutas vão continuar, provavelmente de forma mais dispersa, menores, mas mais ramificadas e enraizadas em regiões, locais de estudo de trabalho! Em todos esses locais vamos apresentar o PSOL como uma alternativa política socialista, levar nosso programa e palavras de ordem!

"Toda revolução parece impossível, até que se torne inevitável".

 


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