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191014 mauroBrasil - MNS - Declaração do Movimento Negro Socialista (MNS).


O militante, e candidato pelo PCB à presidência da República, Mauro Iasi foi agredido ferozmente ao manifestar críticas a Barack Obama na última quarta-feira (15/10/2014) em debate realizado na conferência da UERJ, intitulada: "Marxismo, Panafricanismo e Racismo nos movimentos sociais do mundo". O seminário "Fela Kuti (A educação e os movimentos sociais)" foi organizado em articulação interna na universidade e contou com a presença dos debatedores Carlos Moore, Maurício Campos e Mauro Iasi.

Moore defendeu o governo de Obama e o considerou como "avanço para a comunidade negra" e apostando na confusão reduziu a discussão política ao declarar que "preferia ver a América Latina com vários Obamas do que dominada por marxista racista".

Na plateia, feministas e defensoras da 'irmandade negra' aos gritos xingavam Mauro Iasi de racista e afirmavam que Marx era racista. Assim que o mediador posicionou-se dizendo que o governo de Obama mata milhares e que o sistema capitalista mata todos os dias, também foi agredido verbalmente e xingado de traidor a serviço "do branco opressor" e forçado a se retirar do local do "debate"!

O MNS declara que endossa inteiramente as posições expressas por Mauro Iasi sobre Obama, o capitalismo e o racismo.

Denunciamos e repudiamos aqueles que pretensamente falam em nome do movimento negro e da luta contra o racismo, mas, financiados pela imperialista Fundação FORD, pelos governos e ONGs, se dedicam a usar métodos do fascismo para impedir o debate político.

Pretendem com isso, na verdade, esconder sua adaptação ao capitalismo, sistema desumano de exploração do homem pelo homem, e suas ligações umbilicais com as fontes governamentais e empresariais de financiamento da fracassada tentativa de criar uma pequena e uma grande burguesia negra que tenha a capacidade de esterilizar e esvaziar de conteúdo revolucionário o movimento negro antirracista.

Tudo será inútil. Racismo e capitalismo são as duas faces da mesma moeda. A defesa de leis raciais (racialismo) é a variante do racismo inoculada no movimento negro como um veneno mortal pelos seus mais cruéis inimigos históricos e atuais, os capitalistas e imperialistas.

Há muito o MNS denuncia que a política de "Ações Afirmativas", as leis que introduzem diferenças raciais, as políticas racialistas, só podem, em nome de combater o racismo, na verdade, introduzir a divisão, o ódio racial e o próprio racismo entre os trabalhadores. Fazendo-os esquecer quem são seus inimigos de morte, os exploradores e opressores capitalistas que usam o racismo para dividir e melhor arrancar a Mais-Valia do sangue do proletariado, negro e branco.

Não é por acaso que estas "Políticas Afirmativas", do tipo cotas, etc., todas, foram inventadas nos EUA por um assessor especial do presidente republicano Richard Nixon, o seu Secretário Assistente do Trabalho, Arthur Fletcher, através do que se chamou Plano Philadelphia. E aplicadas por este sanguinário presidente dos EUA, o homem que bombardeava o Vietnam com Napalm e Fósforo em nome da "liberdade e da democracia".

Segundo Nixon (presidente nos conturbados tempos de 1969 a 1974) era necessário criar nos EUA um "capitalismo negro" para impedir a luta de classes. Este herói de George Bush é o padrinho destas políticas que agora, como se vê no ataque a Mauro Iasi, envenenam o movimento negro e antirracista.

Mauro, além de ouvir insultos da plateia foi reprimido por uma militante da Irmandade Negra que subiu até a mesa e gritava apontando o dedo insistentemente, reproduzindo assim, a opressão própria dos fascistas. Os agressores utilizaram os métodos tão repudiados pela esquerda na condução de debates políticos e demonstraram o quão o ódio racial promovido pelas políticas racialistas (o mesmo ódio que impulsionou genocídios históricos apoiados pelo imperialismo) promove a segregação e impulsiona o capitalismo e suas mazelas.

O Movimento Negro Socialista (MNS) já havia se posicionado nas eleições quando alguns movimentos declaravam Marina como a candidata negra dos negros dizendo: "A cor de Obama não mudou o lado em que ele está posicionado na luta de classes, tampouco pautou ou combateu o racismo, pois atualmente os EUA têm mais negros atrás das grades do que escravos em época de escravidão."[1]

A degeneração tão combatida na prática do racismo como instrumento de divisão e opressão é expressão viva dos movimentos que reduziram as reivindicações mais sentidas da população negra e da juventude ao discurso da 'raça e irmandade' com altos financiamentos privados. Afinal, os negros como maior estrato da classe trabalhadora desse país não querem reduzir suas reivindicações às migalhas que caem da mesa da exploração capitalista como faz a grande maioria dos movimentos negros. A luta contra o racismo é antes de tudo um combate revolucionário.

A capitulação dos movimentos negros é a armadilha dos capitalistas para a promoção do ódio racial, e para superá-la precisamos dedicar-nos a aprender e reconduzir nossas ações políticas utilizando como base as lições históricas da luta de classes e as contradições impostas pelo capitalismo. E não há como cumprir tal tarefa negando a análise científica do marxismo, pois a reprodução do racismo e das políticas racialistas é necessária para sustentar a exploração capitalista. E capitular aos interesses dos capitalistas é negar os interesses dos trabalhadores, mulheres e jovens negros.

O Movimento Negro Socialista (MNS) repudia a agressão a Mauro Iasi (PCB) na conferência da UERJ e considera inadmissível que os métodos fascistas sejam utilizados nas discussões políticas nos espaços em que devemos somar na luta contra o racismo e o capitalismo.

Todo apoio a Mauro Iasi!

Abaixo o racismo, o racialismo e o fascismo!

Nosso inimigo é o capitalismo, a opressão e a exploração!

Viva a luta pelo socialismo e pela igualdade!

São Paulo, 17 de outubro de 2014.


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