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Milhares de moradores no bairro Mayombe, no município de Cacuaco, em Luanda, retirados à força de suas casas, numa operação de demolições em massa, que teve lugar a 1 e 2 de Fevereiro.


Mais de 5,000 pessoas, segundo estimativas preliminares, foram desalojadas nesta operação, que contou com centenas de efectivos das forças militares, policiais e de segurança, apoiados por sete helicópteros.

As famílias desalojadas foram transferidas para Kaope-Funda, uma área sem qualquer tipo de abrigo ou infra-estruturas básicas, criando uma situação de potencial desastre humanitário.

No dia 01 de fevereiro de 2013, por volta das 06 horas da manhã, cerca de 500 membros das forças de segurança (exército, polícia, etc.) do governo federal de Angola, desencadearam uma operação de despejo maciço de cerca de 5.000 angolanos residentes no bairro do Mayombe, na cidade de Cacuaco, na província de Luanda.

Os despejos maciços se tornaram uma prática comum em Angola nos últimos anos, devido a um brutal processo de especulação imobiliária desencadeado por investimentos de capitais asiáticos, especialmente chineses. A brutalidade das operações de despejos, que, muitas vezes fazem a PM de São Paulo parecer "um bando de amadores" no tocante ao desrespeito aos direitos humanos, vem sendo denunciado a tempos pela Anistia Internacional, que ressalta: "não somos contra a reconstrução do país, entretanto, devem ser respeitados os direitos humanos".

Segundo os moradores do Mayombe, o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, em campanha eleitoral no ano passado, tinha prometido urbanizar o bairro, entretanto, nesta operação militar do governo que despejou os moradores do Mayombe, nem mesmo a sede do comitê local do partido do presidente, - o MPLA (sede esta, utilizada para realizar uma espécie de voto de cabresto no local desde 2011) -, foi poupada!

Os moradores do Mayombe foram transferidos para o bairro de Kaope-Funda, um bairro sem nenhuma infraestrutura para recepcionar esta gente. As pessoas estão ao relento, sem água, comida e roupas, além disso, para transportar os poucos bens que restaram de suas casas no bairro de Mayombe, os despejados estão tendo de pagar o transporte de seus bens a caminhões "privados" (provavelmente os caminhões são do próprio presidente de Angola)." (por Ocupa Acampa Sampa)


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