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jimmyGaliza - Naiz - [Tradução do Diário Liberdade] O advogado Erlantz Ibarrondo defende 15 dos 21 detidos depois de que Javier Romero Taboada, 'Jimmy', membro dos Riazor Blues, morreu no passado dia 30 de novembro em Madrid, a mãos de membros de 'Frente Atlético', mesmo antes do jogo que enfrentava o Desportivo da Corunha com o Atlético de Madrid no estádio Vicente Calderón.


Foto 1: Javier Romer Taboada, galego assassinado por fascistas em Madrid e criminalizado pola imprensa do regime.

Foto 2: Erlantz Ibarrondo, advogado da defesa dos galegos atacados polos fascistas e detidos pola polícia espanhola em Madrid.

A versão oficial fala de «encontro marcado para umha briga» mas os torcedores galegos desmentem-na: denunciam uma «razzia» de duas centenas de pessoas armadas com facas e paus. O paradoxal é que dos 21 detidos, só quatro são supostos membros de "Frente Atlético", enquanto o resto são galegos, alguns deles integrantes de Riazor Blues. Além disso, decretaram-se 88 multas administrativas, com multas e proibição de aceder a estádios de futebol durante cinco anos. Ao que parece, todas elas contra adeptos do Despor. O jurista encontra-se agora à espera de conhecer as acusações e as atuações para instar o arquivo, embora tema que a Procuradoria possa tentar somar mais crimes aos seus defendidos. Entretanto, não há processados pela morte de Javier Romero Taboada.

Os meios insistiram desde o primeiro momento em que existia um encontro marcado entre adeptos do Desportivo e membros de "Frente Atlético" para andarem à porrada. Vocês, no entanto, desmentem esta versão. O que aconteceu nesse domingo?

Contaram-me o que viveram todos eles, um por um, daí que possa tirar uma conclusão bastante aproximada. Todos dizem que é uma viagem normal, que chegam a Madrid e sofrem uma agressão múltipla por parte de centenas de pessoas armadas com armas brancas, paus, porras. Algumas têm o tempo exato para descerem do autocarro. Um homem de 59 anos, por exemplo, apanhou o seu ingresso para o futebol, foi dar uma volta e recebeu uma surra. Dos 15 detidos, um recebeu 3 facadas, outro 17 pontos de sutura, um terceiro uma facada na mão, um outro tem um corte na tempa e foi atirado ao rio, tendo que sair nadando pela outra margem. A maioria deles foram detidos no hospital ou no autocarro, porque a Polícia subiu para ver quem tinha relatório médico de lesões e levou-os detidos. A delegada do Governo espanhol diz que os agentes chegaram 25 minutos após a briga. Se chegaram depois é difícil saber quem fez cada coisa. As detenções são completamente aleatórias. Se tivessem ido com a sua ferida a Méndez Álvaro, apanhar um autocarro para a Galiza, não teriam sido detidos.

Desde o primeiro momento, já se falava de um encontro marcado através de whatsapp.

É impossível que ninguém acredite que fosse assim, porque os telefones estão na esquadra e o juiz não autorizou as escutas. Ou alguém o pesquisou de forma ilegal ou se lançaram especulações que são incertas. A própria Delegação do Governo está a dizer que não houve tal encontro marcado.

erlantz ibarrondoIsto é, que foram vítimas de uma emboscada.

Uns vão a um bar, outros dão um passeio... De repente chega uma multidão com facas. Há sete ou oito feridos de arma branca. Foi uma razzia, a caça ao galego ou ao adepto do Desportivo. É verdadeiro que há imagens objetivas de um grupo que se defende. Mas se não, podia ter sido pior.

"Jimmy", um companheiro, morreu a mãos deste grupo de fascistas. Como se encontram eles?

Estão muito afetados. Ninguém situa Jimmy no local onde se encontravam. Não puderam ver pela tensão do momento, daí que não pudessem dar informações sobre o acontecido.

Apesar de a vítima ser do Desportivo, os Riazor Blues foram assinalados e criminalizou-se quem viajou a Madrid. Como estão a viver estes momentos?

Com impotência absoluta. Trata-se de uma crucifixão mediática. Julgaram-nos, condenaram-nos e aplicaram-lhes a sentença sem qualquer cautela por as atuações estarem sob segredo de justiça. Tem falado mais da torcida desportivista que do assassinato. E o único dado objetivo que temos agora mesmo que é que uma pessoa foi assassinada. Existe uma indefensão absoluta.

Sabem algo sobre as investigações a respeito da morte de Romero Taboada?

Não sabemos nada. Nem a família. As informações chegam à família pelos meios de comunicação. No domingo à noite, a Cadena Ser tinha o atestado policial. Na segunda-feira filtrou-se a autópsia. E hoje ainda a família não a tem.


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