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PrestigeVoluntariosGaliza - Diário Liberdade - O Estado espanhol nom é responsável. Onze longos anos foram necessários para que a Audiência Provincial da Corunha, tribunal encarregado do caso do desastre do Prestige, o petroleiro afundido nas costas da Galiza em novembro de 2002, ditasse umha indignante mas nom surpreendente sentença segundo a qual esta catástrofe foi só um acidente inevitável em que nada influiu a nefasta gestom do governo espanhol ou da Junta da Galiza da altura (ambos nas maos, como hoje, do PP).


Nengumha das pessoas julgadas por delito ecológico é condenada. Delas tam só o capitám, o grego Apostolous Mangouras, é condenado a nove meses de prisom por um delito de desobediência, mas nom entrará em prisom. Por sua vez, o único responsável do Estado julgado, o antigo diretor da Marinha Mercante José Luis López-Sors, fica absolvido. Também fica absolvido Nicolaos Argyropoulos, chefe de máquinas do barco.

A sentença sim avalia umha das questons mais discutidas, a decisom do governo espanhol de afastar o Prestige da costa. Esta decissom, que agravou o acidente e o vertido do petroleiro até convertê-lo na maior catástrofe ambiental da história da Galiza, é qualificada polo tribunal de correcta e diz que "nom se podem determinar implicaçons legais da decissom de afastar o navio".

Aliás, e buscando desligar de qualquer responsabilidade de maneira descarada tanto a empresa armadora como as administraçons, defende o tribunal que "todos sabiam que nom era um buque novo mas nem sabiam nem podiam saber das graves deficiências que levassem a um naufrágio".

Da Plataforma Nunca Mais, que na altura conseguira artelhar umha das mais grandes contestaçons sociais na história recente da Galiza ante umha agressom ao país que para a maioria do povo galego sim tivo uns responsáveis políticos claros e evidentes (embora canalizando-a face umha saída meramente eleitoral), declaravam hoje após conhecer-se a sentença que esta "nom entra no fundo dos problemas" e que só "pretende salvar a face do governo de Espanha", anunciando também um possível recurso ao Tribunal Supremo espanhol.

Lembramos que o Prestige, barco petroleiro que se encontrava em péssimo estado de conservaçom, naufragara frente as costas galegas no 13 de novembro de 2002, pondo-se aginha de manifesto o perigo de umha fuga massiva de fuel. A decissom do governo espanhol, carente de meios para enfrentar o problema de contaminaçom, foi afastá-lo da costa, permitindo que as 63.000 toneladas de fuel vertidas nesta maré preta alcançassem grande parte da fachada costeira da Galiza e mesmo outros territórios, provocando um desastre ambiental, social e económico sem precedentes apesar de que a Galiza, sem soberania sobre a sua costa e o seu mar, padece de maneira periódica acidentes deste tipo (como no caso dos buques Urquiola e Mar Egeu).

Esta sentença pom de manifesto a marginaçom e desconsideraçom face a Galiza por parte do Estado espanhol, culpável, como auto-proclamado soberano das nossas costas que é, de umha nefasta e criminosa gestom onde se misturaram altas doses de incompetência, desleixo e manipulaçom mediática.

É claro que umha sentença como esta seria impensável de ter-se produzido esta catástrofe noutros pontos da costa do Estado espanhol, mas o Estado espanhol nom se importa com a Galiza e considera que nom vai ter consequências políticas negativas para os seus interesses.

O terrorismo ambiental praticado polas pessoas que nos governos espanhol e autonómico geriram o naufrágio do Prestige (José María Aznar, Mariano Rajói, Francisco Álvarez Cascos, Arsenio Fernández de Mesa, Manuel Fraga, Enrique López Veiga, Jaume Matas, Miguel Arias Cañete, etc.) ficará, pois, impune e mesmo vem de ser referendado com a conivência da justiça espanhola.

 


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