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DSCN0758Galiza - Diário Liberdade - Após massivas mobilizaçons e continuadas pressons populares, o governo autónomo reconhece que "o projeto nom cumpre com os requisitos técnicos e financeiros necessários", embora nom diga nada da patente ameaça ambiental.


O governo autónomo chefiado polo ultradireitista PP paralisa a autorizaçom à mina de Corcoesto, após meses de apoio incondicional incansavelmente contestado nas ruas galegas.

Em nota de imprensa lançada ontem (09/07), dixo-o o mesmo governo que legislou para relaxar requisitos ambientais em mineraçom, o mesmo que subsidiou empresas mineiras e o mesmo que umha e outra vez se manifestou pública e incondicionalmente em favor dos diferentes projetos mineiros que ameaçam algumhas das comarcas mais férteis e as paisagens mais espectaculares da Galiza.

Agora, recua e paralisa o que é a nau almirante do projeto mineiro: a mina de Corcoesto, na comarca de Bergantinhos, em que a empresa de Canadá Edgewater tencionava obter ouro a céu aberto com recurso a cianuro e gerando enormes quantidades de resíduos tóxicos.

A explicaçom dada pola Conselharia de Economia e Indústria, quem di que "após análise levada a cabo polos técnicos da Conselharia, considera-se que o projeto mineiro nom cumpre com os requirimentos técnicos e económicos exigidos" é pouco convicente, porquanto inúmeras instituiçons científicas, sociais e de todos os ámbitos denunciavam essas irregularidades desde havia meses (somadas às meio-ambientais, às quais à Junta nem fai referência).

Antes sim, parece que por trás desta paralisaçom esteja um recuo do governo de Nunes Feijó, forçado perante as massivas, combativas e continuas mobilizaçons contra este e outros projetos, que tivérom a sua máxima expressom no passado mês de junho em Compostela.

Plataforma pola Defesa de Corcoesto e Bergantinhos pede retirada definitiva

A Plataforma pola Defesa de Corcoesto e Bergantinhos (PDCeB) foi a principal promotora da intensa campanha de pressom em favor dos interesses sociais e meio ambientais contra o projeto empresarial da mina de ouro.

Após este sucesso parcial, a Plataforma reagiu hoje indicando que "esta comunicaçom da Conselharia é vitória parcial na luita contra a megamineraçom" e "fruto da grande pressom social exercida na Galiza contra o projeto da mina de Corcoesto".

No entanto, a PDCeB continuará na luita contra o projeto enquanto nom aconteça a sua paralisaçom definitiva e oficial, pois "umha nota de imprensa da Conselharia nom deixa de ser publicidade e, portanto, nom tem validez".

"Este reconhecimento oficial de que o projeto da Edgewater descumpre os requisitos ambientais e técnicos, deveria supor por parte das autoridades a imediata retirada de umha Declaraçom de Impacto Ambiental que, como eles mesmos reconhecem implicitamente, foi ditada de maneira inadecuada", polo que exigem que a empresa elabore "Um novo Estudo de Impacto Ambiental, com todos os relatórios pertinentes".

"Nom é de recibo que, depois de ditar umha DIA favorável, se esteja a falar em apresentar "novos relatórios". A tramitaçom do projeto debe fazer-se de maneira transparente e atendendo os protocolos estabelecidos, e nom por capítulos, como se se tratasse de umha novela de TV".

Porta aberta a retomar o projeto

"A empresa deverá acreditar as garantias necessárias para assegurar a viabilidade e a solvência do projeto", e "de nom cumprimentarse ajeitadamente os requisitos ambientais, técnicos e económicos, o projeto seria rejeitado definitivamente e nom se continuaria com a tramitaçom deste" -diz a Conselharia na sua nota de imprensa. Assim, parece que a Junta lance umha sondagem para avaliar a reaçom popular, em funçom de cujas conclusons rejeitará definitivamente o projeto ou o recuperará.

Apesar da paralisaçom, o governo semiautónomo nom admite as patentes consequências ambientais que Corcoesto teria para a comarca de Bergantinhos caso se execute, pois como único requerimento que exige à Edgewater para retomar o projeto é que "acredite umha solvência mínima de 25% de fundos próprios sobre o investimento do projeto e um compromisso firme do resto do financiamento, assim como a documentaçom que acredite a capacidade técnica da empresa para o desenvolver".

Contodo, a ameaça continua viva sobre outras comarcas afetadas polos projetos mineiros das administraçons do regime e as transnacionais: Bergantinhos, Compostela, Ordes, Barbança, Lugo, Límia, Terra Chá, Ancares, Costa da Morte, Eu-Návia, Burom, Courel e Lugo.

Em muitas delas, o perigo é iminente. Noutras, virá da mao da aprovaçom do PSAEG, o Plano Setorial com o qual a Junta do ultradireitista PP tenciona reativar exploraçons mineiras abandonadas polo seu baixo rendimento, mas que poderám ser rendíveis para as transnacionais que os explorem sob legislaçom ambiental ad hoc e técnicas extrativas mais agressivas.

 

 

 

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Foto do Diário Liberdade - Manifestaçom contra a mineraçom salvagem, em junho de 2013 em Compostela.


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