Corunha voltou a ser hoje palco de umha operaçom repressiva contra umha vizinha do bairro do Castrilhom, que se viu obrigada a se acorrentar junto à sobrinha para tentar evitar o despejo ordenado pola justiça espanhola e aplicado pola sua polícia.

Um forte despregamento policial deu cobertura à violência institucional, tornando efetivo o atropelamento de um direito presente na Constituiçom espanhola mas que, de novo, se mostrou como águas de bacalhau perante os interesses do poder.

Elisabeth Anlês saiu algemada, tal como a sua sobrinha, que foi detida com outras cinco pessoas solidárias com a nova vítima dos despejos, mais umha entre o milhar que cada ano sofre idêntica resposta à sua falta de pagamento de hipotecas abusivas em plena multicrise capitalista. Dúzias de moradores e moradoras do bairro concentrárom-se em apoio da vizinha, gritando palavras de ordem como "vergonha me daria ser polícia".

Passividade da Cámara Municipal da Corunha

STOP Despejos Corunha denunciou a passividade da Cámara Municipal, em maos do PP, perante um caso conhecido, após meses de ameaças que hoje se convertêrom em realidade. O Executivo local esperou a que a vizinha da Corunha fosse violentamente expulsa da sua casa para declarar que está a arranjar um apartamento social que evite deixá-la na rua, se bem da cámara também afirmam que "nom se aprecia risco de exclusom".

A mais recente vítima dos despejos conta com rendimentos mensais de 216 euros, tem três filhas e sofre fibromialgia. Nada disso evitou a "açom da justiça". A crueldade financeira-judicial-policial fica mais umha vez ao léu, enquanto os diferentes governos olham para outro lado em lugar de defender os direitos básicos das pessoas.

Repressom continua

A repressom continuou às portas da esquadra de Lonças, onde a polícia espanhola identificou as pessoas que fôrom concentrar-se em solidariedade com as seis pessoas detidas, as quais continuam privadas de liberdade sem mais motivo que defenderem o direito básico à habitaçom de umha vizinha da Corunha.