A campanha soberanista desenvolvida nas últimas semanas, que contou com umha série de concentraçons comarcais na passada semana, culminou na manhá deste domingo com umha manifestaçom em que milhares de galegos e galegas encenárom umha importante unidade em torno de princípios como a "plena soberania nacional", a "ruptura democrática" e a "superaçom do atual sistema capitalista".
Foi umha campanha impensável há poucos meses, na qual participárom como convocantes 14 entidades políticas, juvenis, estudantis, e sindicais (AGIR, AMI, BNG, BRIGA, CCPI, CIG, COG, Comités, Fruga, Galiza Nova, Isca, LEG, MpB e NÓS-UP), contando com a adesom doutras como MNG, Coletivo Nacionalista de Marim, PCPG, 15M da Ria, Corrente Vermelha ou CdP. No entanto, outras como Anova de X. M. Beiras ou o sindicato CUT, assim como IU, preferírom ficar à margem, apesar de algumhas terem participado no processo de preparaçom da iniciativa. Nom houvo qualquer explicaçom para nengumha dessas autoexclusons, mas alguns militantes ou filiados/as de base de Anova e CUT sim participárom na mobilizaçom.
Se bem em termos quantitativos cumpriu as expetativas das forças convocantes (coincidia com outras mobilizaçons setoriais comarcais), enchendo a praça das Pratarias e parte das ruas próximas, representantes da plataforma coincidírom ao indicar a importáncia do passo dado em termos qualitativos, já que supom umha iniciativa inédita na história do movimento patriótico de esquerda na Galiza.
O ainda porta-voz do BNG, Guillerme Vasques, sublinhou nas suas declaraçons aos meios a necessária luita contra a corruçom como um dos principais motivos da convocatória, assim como o facto de "umha elite económico-política ter como único objetivo saquear as classes populares".
Por sua vez, o secretário nacional da CIG, Suso Seixo, criticou os que denominou "grandes partidos", assim como a monarquia espanhola, "que estám claramente ao serviço da oligarquia financeira". Também denunciou a falta de reconhecimento espanhol para as diferentes naçons que ainda integram esse Estado.
Carlos Morais, da Direçom Nacional de NÓS-Unidade Popular, valorizou o passo à frente dado polo BNG para possibilitar esta campanha, "somando-se às posiçons históricas do independentismo", em referência à ruptura democrática, ao soberanismo e ao seu caráter inequivocamente de esquerda. Também propujo manter o caminho aberto com novas iniciativas que dem continuidade à de hoje, fazendo do soberanismo "trending topic" da atualidade política e social galega.
A seguir, oferecemos umha galeria de imagens da manifestaçom de hoje em Compostela, realizada por colaboradores e colaboradoras do Diário Liberdade. Esperamos poder incorporar novas imagens nas próximas horas.